o mar do poeta

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quarta-feira, novembro 23

2000 ANOS HISTORIA EVORA







Canon PowerShot SX230 HS Review



A nova máquina fotografica do articulista, o preço até foi acessível, 2 600 patacas, cerca de 260 euros, incluindo um cartão de memória de 8 Gb, uma bateria de reserva, um USB 2.0 card e estojo.





              


                      FOTOS TIRADAS DE MINHA VARANDA COM A NOVA MÁQUINA



A anterior uma Canon IXUS 310 HS, era areia demais para a minha carruagem, visto ser screen touch, o que eu não me enten dia com ela.




http://youtu.be/iLD8AiYC_Ds esta a ofertei a minha nétinha Cláudia, espero que se saiba desenrrascar.

ALENTEJANO



Um alentejano está a comer ao balcão de um restaurante na estrada, quando entram três motoqueiros de Lisboa, (aqueles gajos que vestem roupas de couro preto, cheias de coisas cromadas e que gostam de mostrar sua força quando estão em bando).

O primeiro, vai até ao alentejano, apaga o cigarro em cima do bife dele e vai sentar-se na ponta do balcão.

O segundo, vai até ao alentejano, cospe no copo dele e vai sentar-se na outra ponta do balcão.

O terceiro, vira o prato do alentejano e também vai sentar-se junto dos outros...

Sem uma palavra de protesto, o alentejano levanta-se, põe o boné já gasto na cabeça e vai-se embora.

Depois de algum tempo, um dos motoqueiros diz ao empregado do restaurante:

- Aquele gajo não era grande homem!

- Era mesmo um banana, - remata o segundo motoqueiro.

E o empregado:


- Nem grande motorista ... acabou de passar com o TIR por cima de três motas que estavam ali paradas!!!



terça-feira, novembro 22

ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DO ALENTEJO - MACAU



Parece mentira mas é bem verdade, eu como o Alentejano mais velho a residir em Macau e já lá vão 47 anos e tal, só ontem tomei conhecimento que havia em Macau - Taipa, uma Associação dos Amigos do Alentejo.

Entrei e lá encontrei alguns clientes, penso serem sócios, visto o local ser um pequeno restaurante, explorado pelo Comprade Simões.

Ao ver a ementa logo fiquei com água na boca, e então escolhi um prato de caracóis para matar saudades e abrir o apetite, pois de seguida marchou um arroz de tomate malandreco com pasteis de bacalhau, estava tudo uma delícia.



Tudo foi bem acompnahdo, digo regado, com dois copos de tintol do Alentejo, para rematar marchou uma bica e um brandymel, tudo maravilhoso, num local amigo.

Lá conheci alguns portugueses e com eles entabulei conversa, Macau é uma pequena cidade, mas existe muita gente, portuguesa que não se conhecem, foi o caso de ontem.

Quantos Alentejanos vivem em Macau? não sei responder, mas irei indagar.

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CARTÓRIO PRIVADO

MACAU

CERTIFICADO



Associação dos Amigos do Alentejo

Certifico, para efeitos de publicação, que por escritura de dois de Junho de dois mil e sete, lavrada a folhas cento e dezassete e seguintes do livro n.º 5, deste Cartório, foi constituída entre Moreira da Rocha, Jose Manuel, Guerreiro Simões, Elisiário Alexandre e Wong, Wong Lan, uma associação com a denominação em epígrafe, cujos estatutos constam do articulado em anexo:

CAPÍTULO I

Denominação, sede, natureza e duração

Artigo primeiro

A associação adopta a denominação de «Associação dos Amigos do Alentejo», que usa a sigla «A.A.A.» e tem a sua sede em Macau, RAE, na Avenida de Kwong Tung, n.os 154F a 154-J, Nam San, Bloco IV, Gr/c, Taipa, a qual poderá ser alterada por deliberação da Assembleia Geral.

Artigo segundo

Um. A Associação é uma pessoa colectiva de fins não lucrativos, que se constitui por tempo indeterminado, e tem as seguintes finalidades:

a) Identificação de oportunidade, promoção e apoio à integração de Alentejanos na Região Administrativa Especial de Macau, e através de Macau, com Hong Kong, República Popular da China e a Região da Ásia Pacífico;

b) Desenvolver o aumento de comércio entre a Região do Alentejo (Portugal) e Macau e, através de Macau, com Hong Kong, República Popular da China e a Região da Ásia Pacífico;

c) Promover o reconhecimento da associação como representante e porta-voz de interesses sociais, culturais e comerciais da Região do Alentejo na área do comércio em Macau;

d) Promover iniciativas culturais, gastronómicas, de negócios e interesses tanto de entidades da Região do Alentejo como dos associados com entidades governamentais e comerciais em Macau; e

e) Promover a criação de oportunidades de negócio através de contactos e intercâmbios frutuosos.

Dois. As actividades que a Associação se propõe desenvolver não poderão em caso algum ter escopo de cariz comercial.

CAPÍTULO II

Dos associados, seus direitos e deveres

Artigo terceiro

Um. Poderão ser admitidos como associados todas as pessoas singulares ou colectivas, qualquer que seja o local de residência ou constituição, com interesses ou negócios no Alentejo e que estejam interessados em contribuir, por qualquer forma para a prossecução dos fins da Associação.

Dois. Os associados podem ser fundadores, ordinários e honorários.

Três. São associados fundadores os que tiverem subscrito o título constitutivo da Associação.

Quatro. Associados ordinários são todas as pessoas singulares ou colectivas que, identificando-se com os fins da Associação, requeiram a sua inscrição, e esta seja aceite por deliberação da Direcção.

Cinco. São associados honorários as pessoas singulares ou colectivas a quem a Associação, por deliberação da Assembleia Geral, atribua essa qualidade, em virtude de poderem, de forma especial, ajudar a Associação na prossecução dos seus fins.

Artigo quarto

A admissão far-se-á mediante o preenchimento do respectivo boletim de inscrição firmado pelo pretendente, dependendo a mesma da aprovação da Direcção.

Artigo quinto

São direitos dos associados:

a) Participar na Assembleia Geral;

b) Eleger e ser eleito para os cargos sociais da Associação;

c) Participar nas actividades organizadas pela Associação e agir de acordo com os interesses da mesma; e

d) Gozar dos benefícios concedidos aos associados.

Artigo sexto

São deveres dos associados:

a) Cumprir o estabelecido nos estatutos e regulamentos da Associação, bem como as deliberações da Assembleia Geral e da Direcção;

b) Contribuir, por todos os meios ao seu alcance, para o progresso, prestígio e bem-estar dos associados;

c) Pagar com prontidão a quota e/ou a contribuição anual a fixar pela Direcção; e

d) Participar e ser informado de todas as actividades da Associação.

CAPÍTULO III

Da disciplina

Artigo sétimo

Aos associados que infringirem os estatutos ou praticarem actos que desprestigiem a Associação, serão aplicadas, mediante deliberação da Direcção, as seguintes sanções:

a) Advertência;

b) Censura; e

c) Expulsão.

CAPÍTULO IV

Dos Órgãos

Artigo oitavo

Um. São órgãos da Associação a Assembleia Geral, a Direcção e o Conselho Fiscal.

Dois. Os corpos gerentes são eleitos por mandatos de um ano, conforme for deliberado em Assembleia Geral, que pode deliberar a respectiva reeleição por uma ou mais vezes.

Artigo nono

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um presidente e um secretário.

Artigo décimo

A Assembleia Geral, como órgão supremo da Associação, é constituída por todos os associados em pleno uso dos seus direitos e reúne anualmente, em sessão ordinária, convocada com, pelo menos, dez dias de antecedência, e extraordinariamente, quando convocada pela Direcção ou por 25% de associados ordinários.

Artigo décimo primeiro

Compete à Assembleia Geral:

a) Aprovar, alterar e interpretar os Estatutos;

b) Eleger a Mesa da Assembleia Geral, a Direcção e o Conselho Fiscal;

c) Definir as directivas de actuação e dissolução da Associação;

d) Decidir sobre a aplicação dos bens da Associação; e

e) Apreciar e aprovar o relatório anual e as contas de gerência da Direcção.

Artigo décimo segundo

A Direcção é constituída por um número ímpar de membros, num total de cinco, sendo constituída por um presidente, um secretário, um tesoureiro e dois vogais, sendo o presidente substituído na sua falta ou impedimento pelo tesoureiro.

Artigo décimo terceiro

Um. A Direcção reúne ordinariamente uma vez por trimestre e, extraordinariamente, sempre que o presidente o achar necessário.

Dois. A Associação obriga-se pela assinatura do presidente ou pela assinatura conjunta de dois membros da Direcção.

Artigo décimo quarto

Compete à Direcção

a) Assegurar o cumprimento dos Estatutos, bem como as deliberações da Assembleia Geral;

b) Efectuar a gestão administrativa e financeira da Associação, promovendo as actividades correntes da mesma;

c) Elaborar o Plano e o Relatório de Actividade da Associação, gerir os fundos e organizar a lista dos associados, bem como admitir novos sócios;

d) Convocar a Assembleia Geral;

e) Fixar jóias e quotas da Associação; e

f) Executar todas as deliberações tomadas pela Assembleia Geral.

Artigo décimo quinto

O Conselho Fiscal é constituído por três membros, sendo um presidente, um vice-presidente e um secretário.

Artigo décimo sexto

São atribuições do Conselho Fiscal:

a) Fiscalizar todos os actos administrativos da Direcção;

b) Examinar, com regularidade, as contas e escrituração dos livros da tesouraria; e

c) Dar parecer sobre o relatório anual e as contas de gerência da Direcção.

CAPÍTULO V

Dos rendimentos e regulamento interno

Artigo décimo sétimo

Os rendimentos da Associação são provenientes de quotas e/ou contribuições dos associados, bem como de actividades organizadas pela mesma, tais como concursos gastronómicos de suecas, matraquilhos, snooker, seminários, palestras e debates com distintos convidados, almoços e jantares convívios e de outros donativos.

Artigo décimo oitavo

A Associação adoptará um regulamento interno, cuja aprovação e alteração é da competência exclusiva da Assembleia Geral, sendo que se obrigue pela assinatura conjunta de dois membros da Direcção.

CAPÍTULO VI

(Disposições transitórias)

Artigo décimo nono

(Disposição transitória)

Enquanto não forem eleitos os membros da Direcção haverá uma Comissão Provisória, composta pelos associados fundadores, a quem são atribuídos todos os poderes legal e estatutariamente conferidos à Direcção.

Cartório Privado, em Macau, aos quatro de Junho de dois mil e sete. — O Notário, Álvaro Rodrigues.

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domingo, novembro 20

EM PORTUGAL NEM TODOS SÃO IGUAIS



Ora toma lá que é democrático!!!


Até quando vai este povo amouchar como um burro que, como dizia Guerra Junqueiro, "já nem com as orelhas consegue enxotar as moscas" ??

Saiu o Orçamento para a Assembleia da República e eles lá estão: o Subsídio de Férias e de Natal.



Claro que já sabemos que estes políticos são super-portugueses, aos quais não se aplicam as leis aplicáveis à populaça... mas não haverá um mínimo de decoro?!

Para quem pense que se trata de uma fotomontagem, tomem lá um segundo link, para o próprio Diário da República, para que não hajam dúvidas.



 
Deputados e funcionários da Assembleia da República contemplados com subsídios de férias e de natal em 2012 no orçamento APROVADO por TODOS os partidos. À semelhança do que foi justificado para a TAP PORTUGAL, também agora devem vir informar que havia perigo de fuga destes?cérebros? todos para o estrangeiro...




DIVULGUEM A TODOS OS VOSSOS CONTACTOS OS SACRIFÍCIOS DE QUEM NOS GOVERNA, DA EXTREMA ESQUERDA À DIREITA...SEM EXCEPÇÃO VERGONHOSO.




http://educar.wordpress.com/2011/10/18/na-assembleia-da-republica-nao-ha-cortes-nos-subsidios/

http://dre.pt/pdf1sdip/2011/10/20000/0465804667.pdf

sábado, novembro 19

POVO GUARANI



O termo guaranis refere-se a uma das mais representativas etnias indígenas das Américas, tendo como territórios tradicionais uma ampla região da América do Sul que abrange os territórios nacionais da Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai e a porção centro-meridional do território brasileiro.

São chamados povos, pois sua ampla população encontra-se dividida em diversos subgrupos étnicos, dos quais os mais significativos, em termos populacionais, são os caiouás, os embiás, os nhandevas, os ava-xiriguanos, os guaraios, os izozeños e os tapietés. Cada um destes subgrupos possui especificidades dialetais, culturais e cosmológicas, diferenciando, assim, sua forma de ser guarani das demais.


História

Existem uma relativa abundância de registros históricos que tratam da trajetória dos povos guaranis a partir da época de seus primeiros contatos com os povos de origem europeia. Antes desse contato, os guaranis não possuíam uma linguagem escrita: toda a sua história estava vinculada a uma complexa forma de transmissão do conhecimento através da tradição oral. Do período anterior ao contato com a cultura europeia, sabe-se que eram sociedades descentralizadas de caçadores e agricultores seminômades. Sua alimentação era baseada na caça e coleta, bem como no plantio diversas variedades de vegetais, como mandioca, batata, amendoim, feijão e milho.

Habitavam casas comunais de dez a dezenove famílias. Como os guarani modernos, se uniam e organizavam-se em redes de parentesco que compartilhavam perspectivas cosmológicas comuns.

De acordo com o missionário jesuíta Martin Dobrizhoffer, alguns destes grupos praticavam antropofagia.

Nas primeiras décadas do século XVI, quando o processo colonizador mercantilista ainda não havia compreendido com maior clareza a geografia humana nativa no continente sul-americano, os indígenas, que posteriormente seriam chamados, genericamente, de guaranis, eram conhecidos como carijós no Brasil e cariós no Paraguai colonial.

O termo guarani, que significa guerreiro, passou a ser empregado a partir do século XVII, quando a ordem tribal já estava bastante esfacelada por mais de cem anos de exploração colonial, para designar um grande número de índios que viviam em aldeamentos pertencentes a grupos falantes de idiomas da família linguística tupi-guarani.

Os guaranis no contato

Em boa parte das regiões litorâneas do sul e do sudeste do Brasil, assim como na bacia dos rios Paraná e Prata, foram as populações guaranis as primeiras a serem contatadas pelos europeus.

No início do século XVI, época dos primeiros contatos com os conquistadores europeus, a população guarani provavelmente chegava ao número de 1 500 000 a 2 000 000 de pessoas.

Em 1511, o navegador espanhol Juan de Solis comandou a primeira expedição europeiaa entrar no Rio da Prata, o estuário do Paraná ou Paraguai, seguido pela expedição de Sebastião Caboto em 1526 . Em 1537, Gonzalo de Mendoza chegou ao Paraguai pelo atual território do sul do Brasil e, em seu retorno, fez contato com um grupo guarani, fundando Assunção, que, séculos depois, se tornaria a capital do Paraguai.

Na medida em que avançavam continente adentro, as expedições de conquista espanholas encontraram diferentes populações guaranis em territórios aos quais os espanhóis passaram a chamar de províncias. Os espanhóis foram nomeando-as segundo os nomes das populações indígenas que encontravam: Karió, Tobatin, Guarambaré, Itatin, Mbaracayú, gente do Guairá, do Paraná, do Uruguai, os Tape etc..

Essas províncias abarcavam um vasto território, que ia da costa ao sul da cidade de São Vicente, no Brasil, até a margem direita do Rio Paraguai e desde o sul do Rio Paranapanema e do grande Pantanal, ou Lagoa dos Xaraiés, até as Ilhas do Delta junto da atual cidade de Buenos Aires (Bartolomeu Melià, 1991).

Gonzalo de Mendoza tornou-se o primeiro governador do território espanhol do Guayrá, iniciando uma política de casamentos entre seus subordinados europeus e mulheres guaranis dos grupos locais, o que deu início ao que mais tarde seria denominada a nação paraguaia. Ao mesmo tempo, foi acelerado o processo de escravização dos grupos indígenas autóctones para o fornecimento de mão de obra para os mais diversos fins.

Nominações primevas

Os cronistas dos prelúdios do período colonial denominaram guaranis todas as populações que partilhavam de uma mesma língua, semelhante à língua falada pelos índios tupis do litoral ocidental sul-americano. Cada agrupamento humano, por sua vez, foi denominado separadamente a partir do nome de xamãs, líderes guerreiros e figuras locais de prestígio. Também era comum a denominação dos grupos de acordo com os nomes dos rios e dos lagos em cujas margens habitavam.

Durante mais de quatrocentos anos de referências escritas sobre os guaranis, muitos nomes alternativos têm sido empregados para identificar estes vários povos, bem como para indicar suas visíveis diferenças.

Em grande medida influenciados pelas referências dos índios tupis, os colonizadores da América Portuguesa chamaram os guaranis de araxás, araxanes, cainguás, carijós e ouitatins.

Na América Espanhola,a estes mesmos grupos eram chamados de Carios, Chandules, chandrís e landules. A despeito das denominações exógenas, cada subgrupo possui sua própria forma de autodenominação, sendo que todos eles se reconhecem no termo avá ou avaeté kuery que significam, respectivamente, homem e homens verdadeiros.

Xamãs profetas entre bandeirantes e encomenderos

Combate entre bandeirantes e índios em Moji das Cruzes, tela de Jean Baptiste Debret de 1834

Neste primeiro período da colonização, movimentos de insurreição em massa foram registrados por diversos administradores coloniais. De profundo caráter religioso, estes levantes eram, em grande parte, consequência da presença de grandes xamãs-profetas, os karaí, que, com a força de suas palavras, convenciam multidões a abandonarem as vilas de colonização espanhola e seguirem dançando e cantando com o intuito de alcançar a liberdade na Terra Sem Males (Yvy marã e'ỹ).

Em 1579, o levante liderado pelo karaí chamado Oberá (também grafado Overá), termo que significa aquele que brilha, pôs em grandes riscos o projeto de colonização espanhola na região de Arambaré. Por onde quer que passasse, Oberá era seguido por uma multidão cada vez maior de indígenas, que, após sua presença, recusavam-se terminantemente a servir aos espanhóis. Karaí Oberá, prometendo a todos a liberdade, realizava grandes rituais de desbatismo, onde os chamados guaranis civilizados renunciavam aos votos e aos nomes da cristandade, recebendo outro nome guarani.
Seguindo o conselho dos poderosos karaí, multidões dançavam e cantavam ininterruptamente durante dias.

Família guarani capturada por caçadores de índios, tela de Jean Baptiste Debret de 1830

Partindo das colônias do litoral do atual estado brasileiro de São Paulo, o movimento luso-paulista das Bandeiras, de caráter expansionista e escravocrata, caiu como um flagelo sobre as populações guaranis. Primeiramente, sobre aquelas que habitavam os territórios próximos ao Rio Paranapanema.

Depois, adentrando mais e mais no continente. Aos grupos sobreviventes, restavam poucas opções: rebelar-se contra uma ou mesmo contra as duas nações europeias (Portugal e Espanha) que invadiam seus territórios, iniciar longas peregrinações buscando a proteção de distantes florestas e pântanos de difícil acesso ou, ainda, se submeterem à pacificação, tornando-se escravos dos bandeirantes luso-paulistas ou servos dos espanhóis encomenderos.

Com o avanço da empresa colonial, diferentes grupos autóctones se tornaram peças das disputas e joguetes por recursos e territórios de Portugal e Espanha. Cada um dos lados buscava de todas as formas incitar os grupos que eram seus aliados a fazer guerra contra seu adversário europeu e aos indígenas a este coligados. Ao mesmo tempo, uma série de epidemias trazidas da Europa se alastraram rapidamente pelo continente, eliminando as populações autóctones e devastando províncias inteiras.

Os guaranis das Missões e os Ka'ayguá

Ruínas da Catedral de São Miguel, uma das cidades fundadas pelos jesuítas para abrigar os guaranis cristianizados

Em 1640, a região do Paranapanema já se encontrava despovoada. A maioria dos seus habitantes havia sido capturada pelos bandeirantes e levada para a vila de São Paulo de Piratininga ou para a vila de São Vicente, enquanto outra parte buscou refúgio nos territórios e nas florestas ao sul.

Agindo como soldados, os jesuítas tinham um único objetivo - converter o maior número de selvagens possível, obrigá-los a mudar seu estilo de vida e aceitar a religião católica como única forma de salvação. No ano de 1743, mais da metade da população da Bacia do Prata, aproximadamente 142 000 índios, viviam nos povoados jesuítas. Uma vez mais, inúmeros xamãs-profetas karaí surgiram das matas até as cidades dos jesuítas, cercados por inúmeros seguidores, rivalizando em retórica e poder com os padres jesuítas e se tornando um obstáculo para a conquista espiritual cristã. Não tardou para que os jesuítas ultrajados incitassem os índios reduzidos contra os karaí, aos quais chamavam de demônios e feiticeiros.

Das diferentes trajetórias vividas pelos grupos guaranis, surgiram novas distinções culturais entre os mesmos. Com o crescimento das Reduções Jesuíticas, surgiria a figura dos guarani missioneiro, que, a partir do sincretismo com elementos jesuíticos, dariam forma e cor à utopia cristã-ameríndia das Missões.

Já as populações guaranis que se refugiaram em florestas, montes e pântanos, escapando do alcance dos bandeirantes, bem como da submissão aos encomenderos espanhóis ou às missões jesuíticas, ficaram conhecidas pela exonominação genérica de Kainguá, Kaaiguá, Cainguá ou Ka'ayguá - todos esses termos, derivados da palavra guarani ka'aguyguá, habitantes das matas.

Esta provavelmente é também a origem do nome de um dos atuais subgrupos guaranis, os caiouás, apesar destes provavelmente não serem os únicos grupos da atualidade descendentes daquelas populações não submissas.

No entanto, é grande a probabilidade de que os chamados habitantes das matas nunca tenham perdido totalmente o contato com os guaranis missioneiros, mantendo, de alguma forma, intercâmbios de bens, informações e até mesmo de pessoas através do parentesco com estes. Esta é uma das explicações encontradas para a apropriação de instrumentos como o violão (mbaraká) e a rabeca (ravé), não só utilizados até hoje pelos guaranis embiás, como também considerados pelos próprios como parte de sua tradição e até mesmo originados em sua cultura.

Atualidade

A antiga e intensa política de ocupação dizimou a população indígena. Todavia, as populações desta etnia ainda mantém fortes indícios de unidade linguística e cultural, desenvolvendo sempre formas estratégicas relacionais diante das realidades nacionais com as quais são obrigados a conviver.

As populações guaranis contemporâneas vivem em pequenas reservas, acampamentos à beira de rodovias ou habitam, ainda, espaços geograficamente isolados. Suas principais atividades econômicas são a confecção e a venda de artesanato - cestaria com taquara e cipó, estátuas em madeira e colares com sementes nativas - a coleta de raízes, ervas e frutos silvestres e o plantio de suas sementes tradicionais.

Apesar da baixa populacional (comparada ao momento do contato), com exceção das áreas localizadas nos atuais estados do Uruguai e no centro da Argentina, onde não existem mais, os guaranis seguem mantendo a configuração de seus territórios no período colonial.

A despeito do processo de extermínio que sofreram, estas populações vêm se recuperando demograficamente, constituindo uma das minorias que, invisibilizadas nos diversos contextos em que se encontram, têm de lidar com o problema do aumento demográfico nos regimes de confinamento impostos pelos estados nacionais.
Três aspectos da vida guarani expressam uma identidade que dá especificidade, forma e cria um "modo de ser guarani": a) o ava ñe'ë (ava: homem, pessoa guarani; ñe'ë: palavra que se confunde com alma) ou fala, linguagem, que define identidade na comunicação verbal; b) o tamõi (avô) ou ancestrais míticos comuns e c) o ava reko (teko: ser, estado de vida, condição, estar, costume, lei, hábito) ou comportamento em sociedade, sustentado em arsenal mítico e ideológico. Estes aspectos informam ao ava (homem guarani) como entender as situações vividas e o mundo que o cerca, fornecendo pautas e referências para sua conduta social (Susnik, 1980:12).
Fonte - Enciclopédia livre

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Mitologia guarani refere-se às crenças do povo tupi-guarani da porção centro-sul da América do Sul, especialmente os povos nativos do Paraguai e parte da Argentina, Brasil e Bolívia.

Mito guarani da criação

A figura primária na maioria das lendas guaranis da criação é Iamandu (ou Nhanderu ou Tupã), o deus trovão e realizador de toda a criação. Com a ajuda da deusa lua Araci, Tupã desceu à Terra num lugar descrito como um monte na região do Areguá, Paraguai, e deste local criou tudo sobre a face da Terra, incluindo o oceano, florestas e animais.

Também as estrelas foram colocadas no céu nesse momento.

Tupã então criou a humanidade (de acordo com a maioria dos mitos Guaranis, eles foram, naturalmente, a primeira raça criada, com todas as outras civilizações nascidas deles) em uma cerimônia elaborada, formando estátuas de argila do homem e da mulher com uma mistura de vários elementos da natureza. Depois de soprar vida nas formas humanas, deixou-os com os espíritos do bem e do mal e partiu.

Primeiros humanos

Os humanos originais criados por Tupã eram Rupave e Sypave, nomes que significam "Pai dos povos" e "Mãe dos povos", respectivamente. O par teve três filhos e um grande número de filhas. O primeiro dos filhos foi Tumé Arandú, considerado o mais sábio dos homens e o grande profeta do povo Guarani.

O segundo filho foi Marangatu, um líder generoso e benevolente do seu povo, e pai de Kerana, a mãe dos sete monstros legendários do mito Guarani (veja abaixo). Seu terceiro filho foi Japeusá, que foi, desde o nascimento, considerado um mentiroso, ladrão e trapaceiro, sempre fazendo tudo ao contrário para confundir as pessoas e tirar vantagem delas.

Ele eventualmente cometeu suicídio, afogando-se, mas foi ressuscitado como um caranguejo, e desde então todos os caranguejos foram amaldiçoados para andar para trás como Japeusá.

Entre as filhas de Rupave e Sypave estava Porâsý, notável por sacrificar sua própria vida para livrar o mundo de um dos sete monstros lendários, diminuindo seu poder (e portanto o poder do mal como um todo).

Crê-se que vários dos primeiros humanos ascenderam em suas mortes e se tornaram entidades menores.

Os sete monstros lendários

Tau perseguindo Kerana.

Kerana, a bela filha de Marangatu, foi capturada pela personificação ou espírito do mau chamado Tau. Juntos eles tiveram sete filhos, que foram amaldiçoados pela grande deusa Arasy, e todos, exceto um, nasceram como monstros horríveis.

Os sete são considerados figuras primárias na mitologia Guarani, e enquanto vários dos deuses menores ou até os humanos originais são esquecidos na tradição verbal de algumas áreas, estes sete são geralmente mantidos nas lendas. Alguns são considerados reais até mesmo em tempos modernos, em áreas rurais ou regiões indígenas. Os sete filhos de Tau e Kerana são, em ordem de nascimento:
  • Teju Jagua, deus ou espírito das cavernas e frutas
  • Mboi Tu'i, deus dos cursos de água e criaturas aquáticas
  • Moñai, deus dos campos abertos. Foi derrotado pelo sacrifício de Porâsý
  • Jaci Jaterê, deus da sesta, único dos sete que não aparece como monstro
  • Kurupi, deus da sexualidade e fertilidade
  • Ao Ao, deus dos montes e montanhas
  • Luison, deus da morte e tudo relacionado a ela




Fonte - Enciclopédia livre

MORTE DE NISIO GOMES - GUARANI




Um grupo de homens armados e encapuzados assassinou nesta sexta-feira um líder indígena no Mato Grosso do Sul, no Brasil. Nísio Gomes era um índio guarani e na origem do ataque terá estado um conflito ligado à ocupação de terras.

A morte, confirmada pela Fundação Nacional do Índio brasileira (Funai), ocorreu entre as cidades de Amambai e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, já perto da fronteira com o Paraguai. A zona onde o líder indígena se encontrava foi atacada por cerca de 40 homens armados, que invadiram o acampamento de índios guarani-caiová.

Nísio Gomes tinha 59 anos e a Funai não excluiu a hipótese de haver outras vítimas do ataque. O corpo do líder indígena foi transportado numa camioneta e os atacantes levaram também outros dois membros da comunidade indígena. A organização de defesa dos índios está a investigar o que lhes aconteceu e o conselho de lideranças dos índios guarani, Aty Guassú, adiantou ao jornal Folha de São Paulo que no ataque morreram também uma mulher e uma criança de cinco anos.

“A comunidade do acampamento Tekoha Guaviry, no município de Amambai, foi atacada por 42 homens encapuzados e fortemente armados. O alvo principal foi o chefe, Nísio Gomes, executado com dois tiros de calibre 12”, adiantou a Funai em comunicado. Ao todo vivem naquela acampamento cerca de 60 índios e grande parte fugiu para a floresta após o ataque.

“Eles chegaram encapuzados, com roupas pretas, ordenaram-nos que nos deitássemos no chão. Tinham armas de calibre 12”, contou ao Conselho Indígena Missionário, ligado à Igreja Católica, um índio que testemunhou o ataque. “Vieram buscar o nosso chefe”.

Outras testemunhas, citadas pela organização Survival International, contaram que Nísio Gomes foi baleado no peito, nos braços e nas pernas.

O ataque estará relacionado com a disputa de terras entre os índios e os fazendeiros. Desde o início do mês que aquela comunidade indígena está a ocupar um território conhecido por Ochokue/Guaviry, uma das aldeias que a comunidade indígena reconhece como seu território tradicional e tenta recuperar mas que agora está ocupado por duas grandes explorações agrícolas. A Funai reconheceu aquela terra como território dos guaranis nos registos iniciados em 2008.

No Mato Grosso tem havido graves conflitos entre grupos indígenas e fazendeiros. Na passada quarta-feira, um autocarro com conselheiros do Aty Guassú que visitavam o acampamento de Guaviry foi retido durante várias horas por fazendeiros armados, segundo os índios.

“Parece que os fazendeiros não estarão satisfeitos até matarem todos os guaranis. Este nível de violência contínua era comum no passado e resultou na extinção de milhares de grupos e sociedades indígenas. É uma absoluta vergonha que o Governo brasileiro permita que esta violência continue nos dias actuais”, diz Stephen Corry, director da Survival International.

O assassínio de Nísio Gomes está a fazer recordar o de outro líder indígena, Marcos Veron, que foi assassinado por funcionários de um fazendeiro em 2003. A violência ligada à ocupação de terras ou actividades ilegais na floresta tem aumentado também na Amazónia, onde desde Maio já foram oito camponeses e activistas locais.


Povo Guarani - a palavra Guarani significa DEUS DO AMOR







A ÁGUIA E OS PRESERVATIVOS!...

Benfica lança colecção de preservativos
18 de Novembro, 2011
 
 
 
O Sport Lisboa e Benfica acaba de lançar uma colecção inédita de 12 preservativos. 'A Melhor Defesa é Jogar ao Ataque' e 'Esta vai ser à Benfica’ são algumas das frases do mais recente produto encarnado.
 
A campanha foi desenvolvida em conjunto com a Creative Condom e, em comunicado, o Benfica adianta que trata-se «de uma aposta clara na diferenciação e um produto inovador de merchandising que é único no mundo».

Segundo José Simão, Director de Merchandising do Sport Lisboa e Benfica, «esta colecção resulta do crescente investimento em fortalecer e complementar o portfolio, sendo um produto contemporâneo e atractivo».

A colecção é composta por diversas frases como 'Vai um dérbi?', 'E Pluribus Unum', 'A melhor defesa é jogar ao ataque', entre outras.

A colecção de 12 preservativos já se encontra disponível na Megastore do Sport Lisboa e Benfica, no Estádio da Luz.

SOL

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Se a moda pega lá vêm os leões e os dragões em camisa!...

domingo, novembro 13

ELES COMEM TUDO E NÃO DEIXAM NADA





De regresso a pena de morte em Portugal



Não existe pote que resista



A VIDA CONTINUA MAS AS ÁGUAS NÃO DESCEM


Segundo fontes governamentais tailadesas, as enchentes terão o seu fim lá para finais de Dezembro, até lá as cheias continuam e água que corre nas torneiras, tem uma cor barrenta e é malcheirosa.

Nos supermercados não se encontra água à venda, mas nas águas essas continua abaundando.


Remar, remar e por vezes contra a maré continua a ser um hábito já enraizado nos habintantes de Bangkok e não só.



As autoridades governamentais, para facilitar as deslocações da população vai ofertando barcos, coitado daqueles que não tem forças para remar ou que não saibam remar.



Tudo mete água, desde as viaturas a aviões, já não falando dos governantes



Uns até aproveitam estes colchões de água para irem passando pelas brasas.



Bem aqui, as água já baixaram, deixando as imagens do Lord Buda mais sequinha, é tempo agora de se desinfectar o local.



Oxalá que tudo fiquei desentupido e que o novo ano traga menos problemas às populações.




No jornal The Nation, na sua edição de hoje, dia 13 de Novembro o

Bangkok Governor MR Sukhumbhand Paribatra said yesterday that he would see to it that all roads and sois in the capital are dry as a New Year gift for Bangkokians.
Veremos se a promessa será cumprida ou o pai natal e suas renas com receio das águas não levará prenda alguma, tal como acontecerá aos funcionários públicos em Portugal.

Mas, com ou sem o Pai Natal, a vida prossegue, as renas somos nós o povo, que terá que puxar o trenó e de uma forma bem exaustiva.