o mar do poeta

o mar do poeta

o mar do poeta

o mar do poeta

domingo, junho 7

VIVÊNCIAS DO ARTICULISTA - PARTE III - ESTREMOZ - MACAU

Após cerca de 4 meses acampados junto a Évora-Monte, onde efectuamos um IAO, no dia 2 de Agosto de 1964, regressámos a Extremoz.


Tinhamos já tudo preparado, os nossos alojamentos ficavam no Convento de Santa Clara, no dia 3 nos deram uma folga, e eu, conhecendo bem a cidade, na qual tinha imensos amigos, vesti-me à civil e com eles fui confeternizar.


Ao voltar ao quartel, o sentinela não me dexou entrar, tendo perguntado o nome de meu pai e o seu posto, para o mandar chamar.


Preplexo olhei para ele e me identifiquei, ele prontamente se pôs em sentido e me pediu desculpas.



EDIFÍCIO DO REGIMENTO DE CAVALARIA 3 EM ESTREMOZ



No dia 4 de Agosto, cerca do meio dia, se realizou uma missa, na praça da cidade, estava um calor abrasador, a essa cerimónia compareceu a minha estimada mãe e minha irmã Maria Vicência, sobre uma cerimónia muito concorrida,tendo sido promovido nesse dia a Furriel Miliciano, nessa mesma noite embarcariamos, numa automotora que nos levaria até Lisboa.




ESTAÇÃO DE COMBÓIOS EM EXTREMOZ



Em virtude do Furriel Romeu se ter deslocado a Lisboa no dia anterior, para ir verificar o navio India, onde embarcaríamos, foi o signatário escalado como Sargento de dia.


O jantar dessa noite teve rancho melhorado, o sigantário comeu no refeitório das praças, uma uma refeição de bacalhau, bem regada com vinho tinto.


Após o jantar, a companhia formou na parada e dali segui em formatura, até à estação de caminhos de ferro, o signatário, ia alegre, após os copos de tintol que tinha emborcado, e de viola na mão, lá ia marcando o compasso da marcha.


Embarcados na automotora, começaram os cantigos que só pararam quando chegamos a Évora.




GARE DA ESTAÇÃO DE COMBÓIOS EM ÉVORA


Parámos em Évora para que a Companhia de Caçadores 691 embarcasse, nós os Sargentos e Oficiais fomos autorizados a desembarcar, por minha parte tinha a minha querida mãe, minha irmã Rosalina e a minha namorada, que ali se tinham deslocado para de mim se despedirem.


Fui uma despedida emociante para os meus familiares e para a minha namorada.


Deles me despedi e a minha namorada a beijei fortemente, foi a última vezes que a beijei e a vi, pois volvidos são quase 45 anos sem notícias dela.




Deixamos então Évora e prosseguimos a viagem até Lisboa. Como estava super cansado e emocionado, me fui deitar, só acordando quando a automotora chegou ao cais de embarque, em Alcantra.



Ali desembarcamos, tendo as duas companhias, um pelotão da Polícia Militar e mais al;guns militares, formado no cais, tendo sido proferido um discurso por um membro do governo, e sido benzidos pelo Cardeal de Lisboa.



Em formatura lá subimos o portaló e fomos depositar as mochilhas e bagagens em nosso camarote.



No cais, e tal como se pode ver pela foto, muitos familiares ali compareceram para se despedir. Da minha parte estiveram presentes o meu tio, paterno, António, minha tia e madrinha, Felizarda e uma prima minha, que com lenços brancos me acenavam.






Eu, assim que o navio largou do cais, subi ao mastro prncipal, e lá do alto fazia os últimos adeus.






Os Sargentos ficaram alojados em camarotes de segunda classe, os Oficias em camarotes de primeira classe, enquando as praças, seguiam nos porões, onde improvisadamente foram montadas duas casernas.


O camarote que me calhou e que era repartido por quatros Furrieis, ficada junto a um refeitório, e foi-nos dado a escolher a ir ali tomar as refeições ou ir-mos tomalas no salão principal, preferimos o que estava junto ao nosso camarote, pois lá poderiamos estar mais à vontade e sem necessidade de ir-mos com o uniforme de gala.


Durante a viagem a instrução continou a ser ministrada, porém, com muitas baixas devido ao enjoo.


Eu também enjoei, mas não era um enjoo provocado pelo balanço do navio, mas sim do forte cheiro do gasóleo.


A viagem até Luanda decorreu óptimamente.






NAVIO PRINCIPE PERFEITO




O navio India, tinha sido fretado pelo exército, e transportava imensa carga e material bélico, que se destinava às tropas em Angola e Moçambique.


Quando navegavamos já na costa de Angola nos cruzámos com o navio Princepe Perfeito, e volvidos dois dias, atracavamos nós ao cais de Luanda, treze dias depois de termos deixado Lisboa.


Eu, como tinha passado mal em termos de alimentação, embora tivesse feito sempre um esforço, para manter alguma comida no estomago, estava desejando de poder desembarcar.


Assim que nos foi permitido, lá fui eu, vestir-me com as vistosas roupas que tinha comprada na Lanalgo, calçando uns sapatos de calfe, fui o primeiro a descer o comprido portaló, qundo o fazia, os saltos dos sapatos se prenderam a uma ripa das escadas, tenho arrancado os saltos, que apanhei e guardei no bolso das calças.


No cais e junto`ao portaló, estavam dois miliares da Polícia Militar, corpolentos e fortemente armados. O cabo não me deixou prosseguir o meu caminho, pedindo-me para ficar junto dele até um dos meus familiares desembarca-se, pois pensava ele, ser eu filho de algum Sargento ou Oficial.


Na rua defronte do cais havia um restaurante e o aromático cheiro da comidas me entraram pelas narinas, aguçando-me o apetite, foi então, que saquei da carteira e me identifiquei ao Cabo, este e seu colega, se puseram em sentido e me cumprimentaram militarmente e pedindo-me desculpa.


Dali sai, em direcção ao restaurante, mas ainda ouvi o Cabo dizer para o seu colega "porra, agora em Portugal, já utilizamos putos para a guerra".


Rápidamente percorri o caminho que me separava do restaurante, entrando nele logo me fui sentar na primeira mesa. Um criado, metropolitano, muito atencioso me veio atender, tenho eu escolhido um bife com batatas fritas, ovo estrelado, uma salada, a sopa do dia, que por sinal era uma sopa Juliana, tendo pedido também uma cerveja Cuca.

Nas calmas fui disfrutando daquela bela comida, que me ia caindo no estomago maravilhosamente bem.


Comi ainda um pudim de flan, bebi uma bica e uma Maceeira. Ao pedir a conta fui atendido pelo patrão do restaurante, nesse momento, alguns militares da minha companhia entravam no restaurante, e o patrão a eles foi atender, perguntando-lhes se desejavam trocar escudos de Portugal, por angolares!..


Após ter feito a troca dos escudos, meu atender e fazendo-me a mesma pergunta, o câmbio era óptimo, como tal paguei a despesa dando uma nota de 500$oo escudos, o almoço tinha ficado em 35$00, tenho recebido de volta 550$oo, o que quer dizer, tinha comido de borla e ainda ficava com mais 50$oo, fiquei super contente, só depos vim a saber que os angolares só eram aceites em Angola!...








Dali sai percorrendo toda a baixa de Luanda, havia muitas prostitutas portuguesas que ofereciam os seus serviços por 50$oo, nada quis com elas, continuando o meu percurso pela baía de Luanda e ali encontrado o Santana, meu colega de camarote, e com ele ainda o resto dia.


Visitamos cubatas, assistimos a um tiroteiro travado por militares pertuguses e alguns rebeldes, ali se senti que nos encontravamos em guerra. O movimento de viaturas militares era uma constante.


Regressamos ao centro de Luanda, os bares e cafés estavam repletos de militares e o ambiente era pesado. Depois de jantarmos, num bar regressamos a bordo.


No dia seguinte, na companhia de algumas camaradas, nos aventurámos a passear pela cidade onde fizémos algumas compras, bebemos umas Cucas, regressando ao navio, onde jantámos.


Na manhã do dia seguinte e sendo ainda possuidor de alguns angolares, sai e fui fazer compras, pois os angolares depois de sair de Luanda para nada serviriam. Aproveitei a comprar algumas peças de artesanato e também um enome cacho de bananas, que me custou 2$50 escudos, cacho esse deu ofertei a alguns militares da companhia a que eu pertencia.


Nessa mesma tarde o India deixava o cais de Luanda e rumava para Lourenço Marques.


O mar começou a ficar fortemente escrespado à medida que iamos dobrando o Cabo da Boa Esperança, que ao longe se avista, e nesse momento os Lusíadas me vieram à mente, fazendo-me recordar o Adamastor e os perigos por que passaram os marinheiros portuguses, para o passar.


Dobrado o Cabo, deixamos para trás a história e o oceano Atlântico e entravamos numa outra história, agora já no oceano Indico.


Volvidos uns dias atracava o India, ao movimentado porto de Lourenço Marques, cidade esta onde tinha familiares e sabiam da minha chegada nesse dia.






Tendo autorização para desembarcar, não o fiz de imediato, visto ficar a aguardar pela vinda de um meu familiar. O Sargento Pimentel, que tinha frequentado as Pupílas do Exército tenho por essa altura tido poe companheiro um primo meu, disse-me que assim que o avistasse no cais me informaria.


Porém, volvidas cerca de duas horas e com não aparece-se qualquer familiar, na companhia de mais dois colegas, reslvemos desembarcar e ir conhecer a cidade.


Quando seguiamos perto do Restaurante Marialva, na principal avenida da cidade, reparei que estavamos a ser seguidos por um individuo que não tirava os os olhos de nós e ora passava para a nossa frente ou seguia trás de nós, o que me levou a comentar com meus colegas, que o tal indivíduo que nos vigiava devia ser marisca!...


Foi por essa altura, que o tal indivíduo se dirigiu a mim perguntando-me se era o Tói Cambeta. Esse individuo era afinal um dos meus primos, logo ali nos abraçamos, despedi-me de meus camaradas e, com o meu primo segui para sua casa.

A vivenda onde moravam ficava na zona de Polama, era uma moradia enorme, bonito e com uma vista maravilhosa, ali fui encontrar seus pais, ambos meus primos direitos, ficando a conhecer também o primo mais novo. Nesse dia em casa deles jantei, depois me levaram a uma igreja Baptista e lá tive qur ouvir a missa, nunca tinha entrado numa igreja protestante e isso me impressionou imenso. Depois da missa me levaram até ao cais, onde passei a noite no meu camarote no navio India.

No dia seguinte, o meu primo me veio buscar, tendo-se repetido os mesmos factos do dia anterior e sendo-me ofertada uma Biblica na qual escreveram a seguinte dedicatória: "Ao António Com desejos de felicidades e de bençãos espirituais durante a tua comissão de serviço. Com um abraço do primo Rui Cambeta - Lourenço Marques 29/8/64 ", Bíblia essa que já não sou possuidor, mas cuja dedicatória passei para uma Bíblia católica que me foi ofertada em Macau por uma madre amiga.

No dia seguinte deixamos Lourenço Marques rumando até à cidade da Beira, onde atracamos no seu mui concorrido porto, nesta cidade tinha um tio, que sabendo da minha chegada me foi esperar e com ele fui almoçar nesse primeiro dia, pois ficámos na cidade da Beira quatro dias. O meu teve a amabilidade de me mostrar a cidade, mas por deveres profissionais, depois se ausentou para Lourenço Marques, tendo eu e alguns colegas passeado pela cidade, e pela primeira vez na minha vida exprimentei a comida chinesa, na Beira havia muito comércio chinês e indiano e restaurantes era o que não faltavam.

Podemos disfrutrar de algumas Laurentinas bem geladinas, na esplanada de alguns cafés, em Portugal o acompahamento da cerveja era feito ou com amendoins ou tremorços e tinha-se que pagar por isso, porém na Beira o acompanhamento era outro e de borla, um prato de camarões de Moçambique.

Gostei da estadia naquela bem movimentada e bonita cidade.

Dali seguimos para Nacala, lá bem no norte de Moçambique, a entrada era composta por duas imensas baías lindissimas, ainda não tinha sido construído o porto, e o navio India ficou atracado a uma muralha.

Nacala era pequenina povoação constituída apenas por três ruelas, mas possuia dois cafés e um diminuto posto dos correios.

Em Nacala ficámos dois dias, na primeira noite sai com dois soldados amigos e fomos jantar num dos cafés, onde a maioria dos seus clientes eram naturais de lá e se encontravam junto ao balcão emborcando copos de aguardente.

Foi quando estavamos jantando que um jovem moço negro, simpático, a nós se dirigiu pedindo esmola, nada lhe demos, mas o convidamos para jantar conosco.

Ficou radiante o nos disse chamar-se António, e tinha imensa pena em não ter sido alistado para o exército, devido à sua baixa estatura. Depois de bem comidos e na companhia do António, fomos tomar um café no outro local, estre frequentado por portuguses, sentamo-nos na esplanada do lado esquerdo da entrada para o vistoso café que tinha duas enormes montras em vidro.

Como o local ali, não tinha uma iluminação em condições, nos mudados para outra mesa sita do lado direito da entrada do dito café, assim, com mais lumisidade lá estava eu a escrever alguns postais ilustrados, quando sairam do café dois portuguseses, entrando de seguida na viatura que tinham estacionada junto à mesa onde tinhamos estado sentados. Os dois portugueses deviam ter abusado das bebidas alcoólicas, e em vez de farem marcha à trás, seguiram em frente levando à sua frente a mesa e cadeiras onde momentos antes tinhamos estado, partindo o enorme vidro da montra e entrando no café.

Um dos empregados lá esteve a barafustar com os dois portugueses, dizendo-lhes que o prejuízo era avultado, e terei que aguardar uns dias por um novo vidro, até lá teria que ficar ali de vigilia, visto que, durante a noite podia ser assaltado ou ter a visita dos leões, que se passeavam por ali.

Os dos portugueses riparam da carteira e entregaram um avultado números de notas, prometendo que no dia seguinte trariam um novo vidro, pois eram pilotos da Força Áerea que se encontra nas imediaçãoes de Nacala. Nos. nem bebemos o café com o susto que apanhamos, e seguimos até ao diminuto posto dos correios para enviarmos os postais.

Tencionavamos regressar a bordo, quando o António nos convidou a irmos conhecer umas amigas deles, jovens, que moravam numa cubata na selva não muito longe dali.

Aceitámos o convite e lá seguimos o António. A cubata era grande, limpa, com três quartos, logo apareceram 3 belas moças, que se ofereceram para serem nossas lavadeiras, agradecemos o convite e as informamos que nós no dia seguinte seguinte seguiriamos para Macau, o que as deixou tristes. Eu não ia fardado, mas sim envergavas roupas civis, os meus amigos sim, iam fardados. O António então nos surgeriu para passarmos ali a noite na companhia de suas amigas, eu diclinei o convite porém os dois meus amigos tratram logo de escolher a companheira, então eu não tive outra alternativa e fiquei com a dona da cubata, uma jovem bonita, de 16 anos, chamada Maria da Conceição e com ela lá fui para o quarto, mas antes entreguei ao António o meu casaco, o qual continha uma cateira com os meus documentos, dinheiro, um maço de cigarros e um isqueiro.

Não havia iluminação electrica a única luz que havia era oriunda de algumas velas, segui para o quarto com a moça, ela teve o cuidado de apagar a vela, pois não queria que os vizinhos a visse comigo e lá foi dizendo que era a primeira vez que dormia com um branco!...

Bem, eu naquela escuridão só lhe via os dentes imaculadamente brancos e por vezes com o reflexo do luar seus bonitos e luzidios olhos. Ali estivemos fazendo amor, pela primeira vezna minha vida tinha tido relações com uma negra, mas adorei a experiência. Ela toda cuidasosa me lavou a perceito, e eu, desejando fumar um cigarro fui até à sala e lá estava o António de pé, segurando o meu casaco tal como o tinha deixado horas antes.

Passado pouco tempo os dois soldados meus amigos a nós se vieram juntar, e ali bebemos um forte e aromatico café feito pela Conceição.

Indagando quanto tinha a pagar a Conceição, com lágrimas nos olhos triste pela nossa partida disse que nada tinhamos a pagar, fui quando retirei da carteira todo o dinheiro que tinha, que era ainda alguns, talvez uns 350$00 moçambicanos, tendo-os dado à Conceição, o qual repartiu com as amigas. O António tinha dado já 100$oo e os meus amigos deram o que possuiam, pouco mais de 50$oo, tendo as moças e o António se ajoelhado a nossos pés agradecendo, despontava já o sol, quando nos embralhamos na selva de regresso a Nacala.

Quando chegamos ao navio que largaria nessa mesma manhã, fui repreendido pelo Comandante da Companhia, pois andavam preocupados conosco, visto termos sido os únicos a não termos passado a noite a bordo.

O António, esse povre diabo, no cais ficou fazendo-nos adeus até que o navio zarpou.




Agora com a navio sem carga quse alguma, o balancear era mais forte, o mar por vezes estava bravo e as ondas eram enormes causando mais enjoos entre o pessoal.
Quando navegavamos junto à costa do Vietname ficámos debaixo de uma tempestade tropical, as ondas eram grandes grandes que passavam pior cima do navio, tivemos que rumar para trás, mas mesmo assim não impedia que o pânico não se expalha-se entre o pessoal.
Após alguns dias debaixo dessa tormenta, por fim alcançamos o seguro porto de Singapura, onde fuio efectuado reabastecimento ao navio, ali tendo passado uma noite.
Na manhã do dia seguinte rumámos para Hong-Kong onde chegamos na tarde do dia 22 de Setembro, onde atracámos num dos cais de Kowloon, onde os Sargentos e Oficiais poderam desembarcar.
Eu e mais colegas saimos e fomos dar uma voltaelas redondezas, ouvia-se um barulho estranho vindo dos prédios, quye nada tinham de vistosos, janelas gradeadas e com chaparias por cima, chaparias essas cheias de todo o tipo de porcarias.
Havia muitos báres à porta dos quais se podiam ver imensas mulheres de variadas idades, eram as prostitutas de serviço!...
Fiquei com uma péssima impressão de Hong-Kong, porém tinha estado somente em Kwoloon.
Do navio India no mudamos para o Ferry Takshing, foto acima expota, que nos levaria até Macau.


A viagem dorou quse quatro horas, já entrando no porto exterior de Macau no ar pairava um cheiro a peixe salgado, que nos entrou pelas narinas dentro, o ar era pesado e a imensa humidade se fazia sentir, estavamos em Macau, onde iriamos permaneceder por dois anos, porém comigo e como dia a lenda "Quem bebe a água da fonte do Lilau, por Macau permanecerá" e é bem verdade, já lá vão quase 45 anos depois da chegada nessa noite de 22 de Setembro.






O Ferry Takshing atracou à ponte do Porto Interior e ali se efectou o nosso desembarque como se pode ver pelas fotos expostas.



Porém para o signatário não tinha terminado ainda a viagem, após a maioria do pessoal seguir para os seus quarteis em Macau, Ilha Verde onde ficou cediada a companhia a que o artuculista pretencia, para Mong-Há a outra companhia, para a Flora os Polícias Militares e os restantes para o Quartel General, o articulista e mais soldados, seguiram param a ponte 8 do Porto Interior, onde os aguardava uma Lancha de Dsembarque, dos Serviços de Marinha que nos levaria até à Ilha da Taipa, onde o signatário passou a desempanhar a pomposa posição de Comandante Militar da Ilha da Taipa.

Uma nova vida, agora por terras do oriente ia despertar para o articulista.

































































































































































A NATUREZA



Bela e linda é natureza
que por Deus foi criada,
o homem vai destruindo essa beleza
e a atmosfera está mudada
O homem e sua ambição
o mundo têm deteriorado
vivemos no meio de imensa poluição
e o clima está mudado e degradado

São os furacões, tufões e terramotos
tsunamis, avalanches e as inundações
causando elevados mortos
tudo devido ao homem e suas provocações



As catrástrofes naturais
mais forte se fazem sentir
atingido os homens e animais
e não existe meio de as atenuar ou prevenir

O mundo se está auto-destruindo
não à meio de o evitar,
a poluição não diminuindo
desastres e doenças está à provocar


As doenças outrora desconhecidas
são hoje uma constante,
provém das radiações emitidas
das novas tecnologias e suas variantes

Os recursos naturais vão diminuindo,
as florestas são desbastadas,
a fauna essa se extinguido
e as cultivações estragadas


Queremos energias renováveis
limpas, sem poluição
mas os governantes e responsáveis
continuam na sua ambição

A ganância essa pervalece
e os acordos não são respeitados
e o clima não se compadece
com tratados não assinados


A natureza reservou para si tanta liberdade que não a podemos nunca penetrar completamente com o nosso saber e a nossa ciência.

— Goethe

TRATADO DE TORDESILHAS

ASSINATURA DO TRATADO
  • Em 1492, o navegador genovês Cristóvão Colombo realizou uma das maiores descobertas realizadas no período das grandes navegações. Financiado pelos recursos da Coroa Espanhola, esse navegador anunciou a descoberta de terras a oeste. Tal feito acabou inserindo o reino espanhol no processo de expansão marítimo-comercial que, desde o início daquele século, já havia propiciado significativas conquistas para o Império Português ao longo de todo século XV.
  • Com a ascensão dos espanhóis na exploração de novas terras, o clima de disputa com os portugueses se acirrou. Para que um conflito de maiores proporções fosse evitado, o papa Alexandre VI foi convocado para negociar os limites de exploração colonial entre essas duas potências européias. Inicialmente, Portugal buscava garantir seu monopólio na costa africana e a Espanha preocupava-se em legitimar a exploração nas terras localizadas a oeste.
  • No ano de 1493, o papa então anunciou a assinatura da Bula Inter Coetera, que fixava uma linha imaginária a 100 léguas da Ilha de Açores. No entanto, no ano seguinte, o rei português Dom João II exigiu a revisão desse primeiro acordo, que não satisfazia os interesses lusitanos. Segundo alguns historiadores, essa mudança de idéia era um forte indício de que os portugueses tinham conhecimento de outras terras localizadas na porção sul do novo continente descoberto pelos espanhóis. Séculos mais tarde, documentos explicariam essa “repentina” mudança de idéia dos lusitanos.Buscando evitar o desgaste de um conflito militar, os espanhóis aceitaram a revisão dos acordos com uma nova intermediação do papa.
  • Com isso, o Tratado de Tordesilhas foi assinado em junho de 1494. Nesse novo acerto ficava estabelecida a demarcação de um novo meridiano localizado a 370 léguas a oeste da ilha de Cabo Verde. Os territórios a oeste seriam explorados pelos espanhóis; e as terras a leste deveriam ser controladas pelos lusitanos. Dessa forma, o novo acordo assegurou a exploração lusitana em parte dos territórios que hoje compõem o Brasil.Pouco tempo depois, as determinações desse tratado seriam questionadas pelas outras nações européias que iniciavam seu processo de expansão marítima.
  • Diversos monarcas não aceitavam o fato de a divisão ter se restringido aos países ibéricos. Os franceses, por exemplo, passaram a organizar expedições marítimas para o Brasil em sinal do não-reconhecimento do tratado. As nações que protestaram contra, na verdade, reivindicavam o princípio de posse útil da terra para legitimar a exploração colonial.Mediante tal proposta, os portugueses se viram forçados a intensificar os mecanismos de controle e dominação sobre seus territórios. A partir de 1530, Portugal enviou Martinho Afonso para as terras brasileiras, com o objetivo de fundar o primeiro centro de exploração colonial. Em contrapartida, expedições inglesas e francesas buscaram terras na região norte do continente americano.

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola



O Tratado de Tordesilhas, assim denominado por ter sido celebrado na povoação castelhana de Tordesilhas (hoje na província de Valladolid), foi assinado em 7 de Junho de 1494 entre o Reino de Portugal e o recém-formado Reino de Espanha (mais precisamente, as Coroas de Castela e Aragão). Este tratado definiu a partilha das terras por descobrir fora da Europa - o que incluía o chamado Novo Mundo - entre ambas as Coroas, um ano e meio após Cristóvão Colombo ter reclamado oficialmente a América para Isabel a Católica. Para seguimento das suas instruções para negociação deste tratado e sua assinatura o Príncipe Perfeito designou como embaixador à sua prima de Castela (filha de uma infanta portuguesa) a D. Rui de Sousa.

  • A linha de demarcação foi definida como o meridiano a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, a meio-caminho entre este arquipélago (já de Portugal) e as ilhas recém-descobertas por Colombo nas Caraíbas, a que este chamara "Cipango" tomando-as pelo Japão e Antília (Cuba e Ilha de São Domingos). A leste da ilha ficariam as terras portuguesas e a oeste as terras para Espanha.


  • O outro lado da Terra seria dividido pelo Tratado de Saragoça em 1529, que especificava o antimeridiano equivalente na zona das Ilhas Molucas (ou Ilhas Malucas). Sabe-se pela cartografia de hoje, que esse meridiano das Molucas é o 129°32' L, cujo antimeridiano, 50°28'O corta o território brasileiro.

  • Em termos de Relações Internacionais, a sua assinatura ocorreu num momento de transição entre a hegemonia do Papado, poder até então universalista, e a afirmação do poder singular e secular dos monarcas nacionais - uma das muitas facetas da transição da Idade Média para a Idade Moderna.

  • Os originais do tratado encontram-se no Arquivo Nacional da Torre do Tombo (Lisboa) e no Archivo General de Indias (Sevilha).


Antecedentes


Conforme o historiador brasileiro Delgado de Carvalho, transcrevendo Oliveira Lima:


  • "(...) subsistia ainda a tradição medieval da supremacia política da Santa Sé, que reconhecia a Roma o direito de dispor das terras e dos povos: Adriano IV, papa inglês (1154-59), havia dado a Irlanda ao rei da Inglaterra e Sisto IV as Canárias ao rei de Castela (1471-84). Baseava-se isso, em parte, sobre o fato de um Édito de Constantino ter conferido ao papa Silvestre a soberania sobre todas as ilhas do globo; ora, isso porque as terras a descobrir eram todas, então, supostas serem exclusivamente ilhas (LIMA, Oliveira. Descobrimento do Brasil. Livro do Centenário (v. III), Rio de Janeiro: 1900 apud: Carvalho, Delgado. História Diplomática do Brasil.)

  • O início da expansão marítima portuguesa, sob a égide do Infante D. Henrique, levou as caravelas portuguesas pelo oceano Atlântico, rumo ao Sul, contornando a costa africana. Com a descoberta da Costa da Mina, iniciando-se o comércio de marfim, ouro e escravos, a atenção de Castela foi despertada, iniciando-se uma série de escaramuças no mar, envolvendo embarcações de ambas as Coroas.

  • Portugal, buscando proteger o seu investimento, negociou com Castela o Tratado de Alcáçovas (1479), obtendo em 1481, do Papa Sisto IV,a bula Æterni regis, que dividia as terras descobertas e a descobrir por um paralelo na altura das Canárias, dividindo o mundo em dois hemisférios: a norte, para a Coroa de Castela; e a sul, para a Coroa de Portugal. Somando-se a duas outras bulas anteriores de 1452 (Dum Diversas) e 1455 (Romanus Pontifex), do Papa Nicolau V, Portugal e a Ordem de Cristo haviam recebido todas as terras conquistadas e a conquistar ao sul do cabo Bojador e da Gran Canária.

  • Preservavam-se, desse modo, os interesses de ambas as Coroas, definindo-se, a partir de então, os dois ciclos da expansão: o chamado ciclo oriental, pelo qual a Coroa portuguesa garantia o seu progresso para o sul e o Oriente, contornando a costa africana (o chamado "périplo africano"); e o que se denominou posteriormente de ciclo ocidental, pelo qual Castela se aventurou no oceano Atlântico, para oeste. Como resultado deste esforço espanhol, Cristóvão Colombo alcançou terras americanas em 1492.

  • Ciente da descoberta de Colombo, mediante as coordenadas geográficas fornecidas pelo navegador, os cosmógrafos portugueses argumentaram que a descoberta, efetivamente, se encontrava em terras portuguesas.

  • Desse modo, a diplomacia castelhana apressou-se a obter junto ao Papa Alexandre VI, castelhano, uma nova partição de terras. Assim, em 3 de maio de 1493, a Bula Inter Coetera estabelecia uma nova linha de marcação, um meridiano que separaria as terras de Portugal e de Castela. O meridiano passava a cem léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. As novas terras descobertas, situadas a Oeste do meridiano a 100 léguas de Cabo Verde, pertenceriam a Castela. As terras a leste, pertenceriam a Portugal. A bula excluía todas as terras conhecidas já sob controle de um estado cristão.

  • Os termos da bula não agradaram a João II de Portugal, que julgava ter direitos adquiridos que a Bula vinha a ferir. Além disso os seus termos causavam confusão, pois um meridiano vinha a anular o que um paralelo tinha estabelecido. Complementarmente, a execução prática da Bula era impossibilitada por sua imprecisão e pela imperfeição dos meios científicos disponíveis à época para a fixação do meridiano escolhido. Assim sendo, D. João II abriu negociações diretas com os Reis Católicos, Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela, para mover a linha mais para oeste, argumentando que o meridiano em questão se estendia por todo o globo, limitando assim as pretensões castelhanas na Ásia.
  • D. João II propôs, por uma missão diplomática aos reis católicos, estabelecer um paralelo das Ilhas Canárias como substituto ao meridiano papal. Os castelhanos recusaram a proposta mas se prestaram a discutir o caso. Reuniram-se então, os diplomatas, em Tordesillas.




  • Os termos do tratado


    Planisfério de Cantino (~1502), mostrando o meridiano de Tordesillas e o resultado das viagens de Vasco da Gama à India, Colombo à América central, Gaspar Corte-Real à Terra Nova e Pedro Álvares Cabral ao Brasil, Biblioteca estense universitaria de Modena.


  • O Tratado estabelecia a divisão das áreas de influência dos países ibéricos, cabendo a Portugal as terras "descobertas e por descobrir" situadas antes da linha imaginária que demarcava 370 léguas (1.770 km) a oeste das ilhas de Cabo Verde, e à Espanha as terras que ficassem além dessa linha.

  • Conforme atual cartografia essa linha é o meridiano 31°23'O (longitude da Cabo Verde, 23°31'O, somada a 1770 km (16°28' na latitude de Cabo Verde, 14°55'N), que em verdade fica quase que exclusivamente no Oceano Atlântico (exceto um trecho norte na Groenlândia). Além disso, esse Meridiano, sabe-se hoje, não tem o das Ilhas Molucas como Antimeridiano.

  • Como resultado das negociações, os termos do tratado foram ratificados por Castela a 2 de Julho e, por Portugal, a 5 de Setembro do mesmo ano. Contrariando a bula anterior de Alexandre VI, Inter Coetera (1493), que atribuía à Espanha a posse das terras localizadas a partir de uma linha demarcada a 100 léguas de Cabo Verde, o novo tratado foi aprovado pelo Papa Júlio II em 1506.

  • Afirma Rodrigo Otávio em 1930 que o Tratado teria "um efeito antes moral do que prático. O meridiano foi fixado, mas persistiam as dificuldades de execução de sua demarcação. Os cosmógrafos divergiam sobre as dimensões da Terra, sobre o ponto de partida para a contagem das léguas e sobre a própria extensão das léguas, que diferia entre os reinos de Castela e de Portugal. Já se afirmou ainda que os castelhanos cederam porque esperavam, por meio de sua política de casamentos, estabelecer algum dia a união ibérica, incorporando Portugal.
  • O que é mais provável é que os negociadores portugueses, na expressão de Frei Bartolomé de las Casas, tenham tido "mais perícia e mais experiência" do que os castelhanos.
  • Consequências do tratado


    América do Sul em 1650. As cidades e fronteiras estão assinaladas apenas a título indicativo, pois muitas ainda não existiam à época.


    O Meridiano de Tordesilhas segundo diferentes geógrafos: Ferber (1495), Cantino (1502), Oviedo (1545), os peritos de Badajoz (1524), Ribeiro (1519), Pedro Nunes (1537), João Teixeira Albernaz, o velho (1631, 1642) e Costa Miranda (1688).

  • Em princípio, o tratado resolvia os conflitos que seguiram à descoberta do Novo Mundo por Cristóvão Colombo. Muito pouco se sabia das novas terras, que passaram a ser exploradas por Castela. De imediato, o tratado garantia a Portugal o domínio das águas do Atlântico Sul, essencial para a manobra náutica então conhecida como volta do mar, empregada para evitar as correntes marítimas que empurravam para o norte as embarcações que navegassem junto à costa sudoeste africana, e permitindo a ultrapassagem do cabo da Boa Esperança. Nos anos que se seguiram Portugal prosseguiu no seu projecto de alcançar a Índia, o que foi finalmente alcançado pela frota de Vasco da Gama, na sua primeira viagem de 1497-1499.

  • Com a expedição de Pedro Álvares Cabral à Índia, a costa do Brasil foi atingida (abril de 1500) pelos Portugueses, o que séculos mais tarde viria a abrir uma polêmica historiográfica acerca do "acaso" ou da "intencionalidade" da descoberta. Observe-se que uma das testemunhas que assinaram o Tratado de Tordesilhas, por Portugal, foi Duarte Pacheco Pereira, um dos nomes ligados a um suposto descobrimento do Brasil pré-Cabralino.

  • Com o retorno financeiro da exploração americana (o ouro castelhano e o pau-brasil português), outras potências marítimas européias (França, Inglaterra, Países Baixos) passaram a questionar a exclusividade da partilha do mundo entre as nações ibéricas. Esse questionamento foi muito apropriadamente expresso por Francisco I de França, que ironicamente pediu para ver a cláusula no testamento de Adão que legitimava essa divisão de terras.

  • Por essa razão, desde cedo apareceram na costa do Brasil embarcações que promoviam o comércio clandestino, estabelecendo contacto com os indígenas e aliando-se a eles contra os portugueses. Floresceram o corso, a pirataria e o contrabando, pois os armadores de Honfleur, Ruão e La Rochelle, em busca de pau-brasil fundavam feitorias e saqueavam naus. O mais célebre foi um armador de Dieppe, Jean Ango ou Angot.

  • Concluída a volta ao mundo iniciada por Fernão de Magalhães (1519-1521), uma nova disputa entre as nações ibéricas se estabeleceu, envolvendo a demarcação do meridiano pelo outro lado do planeta e a posse das ilhas Molucas (atual Indonésia), importantes produtoras de especiarias. O Tratado serviu como base para as negociações da Junta de Badajoz em 1524, quando se negociou sobre as Molucas e as Filipinas, originalmente situadas na órbita portuguesa, consideradas castelhanas em troca do Brasil (Luciano Pereira da Silva. História da Colonização Portuguesa no Brasil (t. I). Porto, 1922). Para solucionar esta nova disputa, celebrou-se o tratado de Saragoça (22 de abril de 1529).

  • Posteriormente, durante a Dinastia Filipina (União Ibérica), os portugueses se expandiram de tal forma na América do Sul que, em 1680, visando o comércio com a bacia do rio da Prata e a região andina, fundaram um estabelecimento à margem esquerda do Prata, em frente a Buenos Aires: a Colônia do Sacramento. A fixação portuguesa em território oficialmente espanhol gerou um longo período de conflitos armados, conduzindo à negociação do Tratado de Madrid (1750).
  • (enciclopédia livre)



sábado, junho 6

VIVÊNCIAS DO ARTICULISTA - PARTE II

QUARTEL DO CISMI (CURSO DE SARGENTOS MILICIANOS DE INFANTARIA)
  • Quando o Kam acordou, virou-se para o lado esquerdo e ia a levantar-se, quando a enfermeira, de nome Balbina, tal como o de sua mãe, o segurou, tendo então o Kam ficado a saber a doença que tinha contraído, uma Hepatite B, e que tinha ficado em estado de coma durante 15 dias.
  • A minha mãe teve conhecimento que eu me encontrava hospitalizado, porém, não me foi visitar por não ter dinheiro para as passagens.
  • A única visita que teve foi do Furriel Miliciano, Jorge Tempe, que era seu instrutor, e conhecido fazia já uns anos, visto ele, quando frequentava o Curso de Regentes Agricolas, em Évora, ter ficado hospedado na casa de uma tia do Kam.
  • Foi ele que me presenteou com um bolo rei e uma garrafa de vinho do Porto, no hospital passou o Kam o Natal e a passagem de ano, só tendo tido alta do hospital civil de Tavira, 20 dias depois de ter dado entrada.
  • A mãe de um colega meu era meu companheiro de quarto e tinha baixado com a mesma efermidade.
  • No CISMI o curso tinha terminado, mas através da mãe do meu colega soube que tinhamos passado no curso, e como tal me ofertou as divisas de Cabo Miliciano.
  • Quando tive alta do hospital, lá me fardei, embora ainda bem fraco, lá segui para o quartel, arrastando as pesadas botas.
  • Apresentando-me ao Primeiro Sargento da Companhia a que pertencia, este ficou incredolo com a minha presença, só depois de ter vasculhado os calhamaços lá encontrou o meu nome, dando ordem para fazer o espólio de todo o material que ali tinha recebido, quando assentei praça.
  • Foi com a preciosa ajuda do Jorge Tempe que consegui reunir todo o material, que ele Jorge, me tinha feito o favor de guardar.
  • Voltei à secretaria e entreguei tudo ao Primeiro Sargento, que após conferir me disse que faltavam dois francaletes e como tal teria de os pagar, só o pude efectuar após ter recebido pré que fui de 7$50 escudos, pagando de seguinte 2$50 pelos francaletes, e recebido uma guia de marcha para me apresentar no dia seguinte no Regimento de Infantaria 10 em Aveiro. Aqui receberia nova farda e todo o restante material, até lá tinha só a farda que levava vestida e sem emblema algum indicatvo ao quartel onde pretencia!...
  • Não tive direito a férias, como estavamos em Janeiro e fazia frio, lá fui equipado com o capote, assim evitava que fosse visto o cordel que me servia de cinto das calças.
  • Dali segui para a estação de caminho de ferro e embarquei numa velha carruagem para Aveiro.
  • Em 1964 as carruagens não tinham conforto algum, e nada havia para comer. Aproveitei a comprar uma sande quando o combóio parou no Entrocamento, volvidas que tinham sido umas boas 10 horas de viagem.
  • Ali tive que apanhar outro combóio que me levaria até Aveiro, nessa estação, entraram dois colegas meus que pertenciam à mesma Companhia em Tavira e seguiam igualmente para o RI 10.
  • Eles tal como eu nada tinham para comer, mas não tinham fome, visto terem jantado em casa antes de embarcarem em Lisboa.
  • Chegamos a Aveiro ainda o dia não tinha despontado, fazia um frio dos diabos, que o capote mesmo com a gola levantada não impedia que o intenso frio penetrasse no corpo.
  • Um dos meus colegas o 1030, Ribeiro, era natural de uma vila perto de Aveiro e tinha um dia que o veio receber, transportando uma velha camioneta, e como era ainda muito cedo para ir-mos para o quartel, convidou-nos a ir até sua casa, o outro meu colega, que era Cabo Verdiano e muito acanhado, pediu a minha opinião, e foi assim que eu e ele, lá nos arranjamos na traseira da camioneta, já que o Ribeiro seguia com o seu tio na cabine.
  • A viagem ainda foi longa, as nossas mãos começavam já a ficar azuladas com o imenso, por fim chegamos a Verde Milho, desembarcamos e entramos para o primeiro andar da casa onde havia uma lareira acessa e ali nos aquecemos.
  • Os familiares do Ribeiro iam chegando e a conversa dele com as tias e tios nos deixaram preplexos, pois não estavamos habituados aqueles tratamentos. Uma das suas tias estava grávida e o cumprimento do Ribeiro foi "grande filha da puta, está prencha tal bode, gozaste agora fodes de outra maneira."
  • Bem as conversas eram quase todas assim usando muitos termos aos quais não estavamos habituados.
  • Uns dos tios do Ribeiro que tinha chegado da estrebaria trazia consigo um tamboe cheio de leite que foi colocar ao lume, pouco depois o Ribeiro foi buscar um garrafão de aguardente e nos preguntou se desejamos uma malga.
  • Tanto eu co o meu colega Vitória, declinamos a oferta, por desconhecer-mos o que era uma malga, só depois de ele ter dito à tia para encher uma malga de leite com aguardente é que ficamos a saber e então pedidos também uma, que acompanhamos com uma enorme fatia de broa.
  • Quando raiou o sol, lá voltamos para a camioneta que nos levou até ao quartel, o Ribeiro e o Vitória ficaram a pertencer à mesma companhia, sendo eu o único Cabo Miliciano da companhia para que fui nomeado.
  • Àli permaneci desde o dia 6 de Janeiro até 21 de Março ministrando uma recruta.



Nesta foto encontrava-se de Sargento de ronda.



Aqui o articulista ministrando uma instrução


  • Foto tirada a 4 de Fevereiro, na Gafanha, Ilhavo, almoçando uma boa bacalhuazada, após a instrução na carreira de tiro.

    Durante o tempo que o Kam permaceu por Aveiro e podendo usuferir dos fins de semana, nunca foi a Évora, pois dois não davam ir e voltar, por essa altura recebi de pré 95$00 escudos.
  • No dia 22 de Março o Kam e seu colega Vitória recebem guias de marcha para se apresentarem no Regimento de Infantaria 16 em Évora, visto termos sido mobilizados para o ultramar.





O ARTICULISTA NO TEMPLO DIANA EM ÉVORA
  • Em Évora foram formadas as companhias de Caçadores 689, 690 e 691, o meu colega Vitória ficou a pretencer à 691 e o articulista `690.
  • Depois de formadas as companhias a 690 segui para Extremoz, tendo ficada adida ao Regimento de Cavalaria 3, tendo ficado em Évora no Regimento de Artilharia 1 as restantes companhias.
  • A companhia 689 foi a primeira a embarcar tendo seguido para a Guiné, as restantes iriam administrar um IAO, e só depois se saberia qual o seu destino.
  • Os Sargentos e Oficiais da companhia 690 ficaram alojados num velho convento perto do quartel, mas desde Março a Agosto, ficou a campanhia acampada no mato perto de Évora-Monte.





Aqui o articulista encontrava-se de Sargento de Ronda, com aquela espada que embainada, ao andar arrojava no chão.









  • Um dia antes de embarcar para o ultramar foi o articulista promovido a Furriel Miliciano, tinha na altura 19 anos.
  • No próximo artigo irá ser marrada a sua despedida de Extremoz, a sua passagem por Évora, o seu embarque no navio India no cais de Alcantra e a sua viagem até Macau.















VIVÊNCIAS DO ARTICULISTA - PARTE I

VIVÊNCIAS DO KAM MEI TA

Com 14 anos de idade, e por ter perdido o ano escolar, o 2 ano no Curso Geral do Comércio, devido a ter sido operado à apentecite, resolveu ajudar a sua pobre mãe e se foi empregar numa modesta mercearia, mesmo defronte da casa onde morava, indo ganhar 120 escudos mensais.

Fartou-se de trabalhar na loja e usando um carro de mão ia fazer a destribuição das compras no bairro novo da cidade, que era já imenso.

Passado seis meses se modou para a rua ao lado, indo trabalhar na sucursal de uma das mercearias mais conceituadas em Évora, indo ganhar 150 escudos mensais.

Fez de tudo nessa loja, desde lavar o balcão e a\os vidros da montra, aviar os fregueses e entregar encomendas em alguns bairros ainda bem distantes da cidade, tudo a pé, e por vezes com a juda do tal carro de mão.

O filho do patrão apreciou seu trabalho e o mudou para o armezém que tinha uma fábrica anexa, ali esse jovem, carregou às costas sacos de arroz e de açucar com o peso de 75 quilos cada, ajudava a descarregar as camionetas carregas com caixas de sabão, caixas de madeira de 30 quilos cada, fardos de bacalhau, com 60 quilos, estes no verão o sal entrava pela da costa deixando o corpo quase em carne viva, os sacos de amendoins eram colossais, mas o pior era carregar sacos de chicória, pois era duro que nem ossos levando assim o jovem uma massagem bem a preceito.

Da fábrica tomou conta aquando da ausencia do encarregado por motivo de férias, a fábrica Titan, fabrica biscoitos, amendoas, licores, marmelada e tinha uma torrefação de café.

O horário d etrabalho era das 09 às 13 horas e das 15 às 18 horas, mas por onde do patrão ia para a sucursal dar apoio até ao seu encerramento que era 19 horas e nos sábados às 20 horas.

O jovem Kam Mei Ta continuava estudando, à sua custa, na mesma escola comercial, durante o perido das 20 às 23 horas.

O patrão apreciando o seu trabalho, e seu filho ter sido mobilizado para Moçambique, promoveu esse jovem a gerente da sede, ou seja, gerente da segunda mercearia mais afamada da cidade, fazendo nas segundas e terças-feiras a praça de Évora, isto é acumulava como pracista. O seu vencimento na altura era de 850 escudos, muito para a época e para a idade do jovem.








O jovem e irrequieto Kam, era um burro de carga, carismático, bem conceituado e respeitado por todos na cidade que o viu nascer. Tinha dito uma formação religiosa forte, estudando num seminário, de onde foi expulso, por ter sido assediado sexualmente por um padre.

Na mercearia o patrão o aumentou de novo passando a ganhar 950 escudos, todo esse dinheiro, ele pontualmente o entregava a sua mãe, e esta, todos os domingos o presenteava com 5 tostões. Mas ele, sempre com uma miragem mais avançada na vida, ia guardando algum dinheiro, das comissões que recebia na venda de produtos aos retalhistas.

Fazia parte da Mocidade Portuguesa onde atingiu o posto de comandante de Castelo, curso esse tirado no INEF,na Cruz Quebrada em Lisbos, no Centro em Évora desempenhava as funções de Adjunto cultural, e foi nos anos 60, 61 e 62 campeão de tiro ao alvo, da provincia do Alentejo, participando no desfile em Lisboa da inauguração do moumento dos descobrimentos em Belém, na Mocidade muito aprendeu e engrandeceu o seu espirito são.

Bem jovem, num baile de Carnaval, na Sociedade Recreativa Barbosa do Bocage, do qual era sócio, se enamorou de uma jovem, foi esse o seu primeiro e único amor em Portugal, mas ela apesar de a ter ajudado em todos os campos, quando a ia receber à escola, enfregando ele um fato de macaco, ela por vezes o desprezava, tinha vergonha de andar com uma pessoa assim vestida, o que criava por vezes algum atrito entre eles.

Na loja era um senhor, e gostava de brincar com as freguezas, um dia uma senhora bem conceituada no meio, se dirigiu à merceria e indagou junto do jovem Kam se tinha Tide ao pacote, ele sorriu e disse, minha senhora Tide ao pacote é o que não falta por cá, ele sorriu, era uma jovem, casada com um engenheiro muito mais velho que ela. Depois de lhe ter entregue o pacote do detergente, só havia duas marcas na altura, o Tide e o Omo, ela indagou de tinhamos sal, e o malendreco do Kam disse, saltemos sim minha senhora!...

Ela, pensou de outra forma, e me disse que teria todo o prazer que eu saltasse para cima dela, bem coisas da junventude, salto esse que nunca realizei !...

Havia um amigo meu que trabalhava numa drogaria, ali por perto, era boa pessoa, mas a sua capacidade de trabalho era limitada, e o patrão dele determinou que ele no fim de semana compozesse a montra, tinha que ter algo que chamasse à atenção dos transeuntes, e ele, não sabendo o que deveria fazer, se foi aconselhar com o jovem Kam.

Sempre com ideias luminosas em sua mente, o Kam deu indicações a seu amigo como deveria proceder, pois para o Kam era um assunto banal.

O aconselhou a colocar algodão na base do chão da montra, depois o preencher com rolos de papel higiénico Smart, na alturas só havia marcas, o Chinês e o Smart, este mais luxuoso e como tal mais caro. Depois, colocar no centro da montra um manequim de uma jovem realçando o seu fisico e evergando um bikini e piscando um dos olhos. Ele, em principio não gostou da ideia, com receio que o patrão não gostar, mas eu continue e lhe disse, fazes um cartaz com letras bonitas e escreve isto, Tenha-a o sempre debaixo de olho.

Ele seguiu o meu conselho e a exposição da montra foi um sucesso, sendo até muito badalado por toda a cidade rsrsrsr.






Desde muito jovem que lhe corria nas veias o espírito de aventura, tendo pertencido à Mocidade Portuguesa, onde muito aprendeu e se formou como homem.
Com algum sacrificio o jovem Kam terminou o quarto ano do curso Geral do Comércio e a sua passagem pela escola deixou algumas marcas. Pois ele era muito traquina, e uma noite, após ter saído do emprego, um seu amigo veio ao seu encontro, tinha palmado (roubado) na caixa da taberna de seu pai, dez escudos, e no caminho da escola entraram em todas as tabernas e bebiam aguardente, com o estomago vazio devem calcular o efeito.

Chegados à entrada do átrio da escola, as luzes dos candeeiros encandearam o Kam que passou a ver tudo a rodar à sua volta.

A aula que tiinha às 15 horas era de Religião e Moral, ao qual assistiam somente os rapazes, num total de cinco de uma turma de 32 alunos.

O padre, o Conego Alegria, prometeu dar uma recompensa a quem soubesse os Dez Mandamentos, e o Kam foi o aluno escolhi, tendo o Conego lhe pedido para dizer o quarto mandamento da lei de Deus, e o Kam, já fortemente embriagado respondeu, quarta raios ta parte, era um jogo que a garotagem, na latura jogava que consistia em em saltar sobre o as costas do companheiro que se encontrava de cocaras e depois ao se saltar se dava um pontapé no cú.

O Conego ficou admiradíssimo com a resposta e ao sentir o odor forte do alcóol, desfeixou uma bofetada na cara do Kam e o expulsou da sala de aulas, este se dirigiu para as casas de banho e lá se fechou, deixando-se dormir.

Seu irmão mais velho, que era funcionário da escola e que regressava sempre a casa com ele, o não vendo foi indagar junto de seus colegas.

Foi dar com o Kam encerrada na casa de banho, abriu a porta e o retirou de lá, seguidamente encheu uma bacia com água onde mergulhou, por várias vezes a cabeça do Kam e o levando pelo braço para casa, que ainda ficando longe, sempre lhe dando uns tabefes e uns pontapés, para aprender de uma vez para sempre que não devia nem beber nem dar respostas daquelas ao conceituado e amigo Conego. Uma lição que o Kam jamais esqueceu e durante toda a sua vida bebeu sim, mas moderadamente nunca se embriagando.

Outra passagem de sua vida, que o marcou e que teve origem na sua ida voluntária para o exército, se passou ao cair da tarde no jardim do Bacalhau, perto de sua casa. Era domingo e tinha ido comprar duas entradas para o filme Com Jeito vai Sargento, uma séria inglesa, humorista que tanto apreciava, ao passar pelo jardim viu um amigo seu de noma Basilio e o cumprimentou, este devia estar mal disposto e o mandou para a p.... que o páriu, tendo o Kam retroquido, para ele basilio quando passasse pela sua loja lhe entregaria uma pasta dentrifica Colgade para lavar aquela boca porca, seguindo a caminho de casa.

Como os atacadores dos sapatos estavam soltos, e havendo no centro do jardim um enorme lago, em forma circular, ali na borda do mesmo apoio o pé e estavam atando os atacadores, quando o tal Basílio lhe pregou um valente murro que o fez ir mergulahar no lago, ficando como um pato todo encharcado.

O Kam de lá saiu, mas o Basílio tinha fugido e se encontrava numa das alas de saída do jardim, o Kam não o pressegiu, mas lhe disse que as coisas irão ter outros resultados quando de novo se cruzassem, estas palavras foram ouvidas por alguns presentes, todos eles amigos de ambos.

O Kam foi para casa lavou-se, jantou e depois calçou uma fortes botas que os militares usavam na altura. Foi ao encontro da namorada para a levar ao cinema, sessão das 20 horas, ela, e embora sabendo da nossa ida, se recusou a ir tendo o Kam assistido ao filme sózinho.

Ao lado do Salão Central, ficava a sede do Juventude de Évora e nessa noite havia um baile em grande.

O Kam depois de ter visto o filme para o Juventude seguiu e lá encontrando uns amigos, estava no meio da sala quando de novo alí apareceu o Basilio, e sem aviso lhe pregou dois murros na face, então o Kam reagiu e lhe deu uma tareia daquelas que terminou com a cabeça do Basilio enviada na bateria da orquesta e danificando a pele.

Foram chamados à direcção e o kam foi obrigado a pagar o consrto da bateria, pagamento esse feito posteriormente pelo seu irmão mais velho, que era sócio daquele clube futebolistico.

Não foram expulsos, e por lá continuaram sem mais sessões de pugilismo.

Porém à saída lá estava o Basilio aguardando o Kam o ofendendo e nova sessão de pugilismo se travou, ele, Basilio, não tendo as foraças ouxadas como o Kam levou mais uma tareia de criar bicho e fugiu, foi nessa altura que o Kam, já com uns copos, o vendo fugir cobardemnete, agarrou uma pedra da calçada e embora o Basilio estive a uma distância razoavel, esta lhe foi embater na cabeça lhe causando um traumatismo craneano, sendo levado para o hospital onde foi operado.

O Kam dali saiu, não pelas vias principais mas sim pelas travessas adjacentes e, chegado a casa, eram já 4 da manhã, se encerrou em seu quarto.

No dia seguinte, era feriado, recebeu a visita de dois agentes da Polícia de Segurança Pública que o levaram para a esquadra para ser ouvido em auto. A mãe do Kam ficou assim a par de tudo o que se tinha passado na noite anterior e foi falar com mãe do Basilio, para que entre elas o caso ficasse resolvido, mas ela não aceitou e quis que o caso fosse para tribunal. O Basilio esse ainda passou uns dias no hospital, em principio com um diagnótico nada favorável.

Na esquadra policial o Kam foi interrogado e precionado pelos agentes, que o acusaram de crime premeditado e também por ter agredido uma senhora e lhe partindo os óculos, o Kam refutou essas acusações, mas defacto sem ter dado por isso, ao lançar a pedra, o no movimento do braço este embateu na cara de uma senhora que encontrava por detrás dele e lhe partindo os olhos, cujas lentes lhe causaram alguns feridos na face, bem o Kam lá teve que aceitar mais aquela acusação, eram factor provados e nada tinha a constestar, a senhora essa apareceu na esquadra e com o Kam falou o perdoando, só queria uns óculos novos.

A mãe do Kam, lá pagou as despesas dos óculos e mais tarde todo o tratamento e hospitalização do Basilio.

Volvidos uns dias foi convocado para comparecer em Tribunal, um velho amigo de seu pai e seu antigo patrão serviram de testemunhas abonat’rias do Kam, ao entrar na sala de audiências, foi informado que devira envergar um casaco, e foi esse velho amigo se seu pai que retirando o que envergava o emprestou ao Kam, casaco esse, que para o corpo do Kam lhe acentou não como uma luva, mas sim lhe dava um ar de palhaço pobre.

O Juiz já era conhecido na cidade pela sua rigidez em condenar todos os que por lá passavam e o Kam não foi excepção, condenado por crime permeditado, foi condenado a 28 dias de prisão com pena suspensa por três anos uma multa ainda avultada e obrigado a pagar todas as despesas.







Todos os amigos do Kam Mei Ta ficaram indignados com a condenação dada pelo Juíz, pois ele Kam, não tinha cometido crime algum premeditamente, mas sim respondendo à agressão que tinha sido alvo, assim dizia e diz a lei, pois para haver crime premeditado, necessário é que se tenham 24 horas, o ue não foi o caso, enfim!..

Ficando com a pena suspensa o Kam corria graves risco de cometer algo de errado, e então iria cumprir os 28 dias de prisão a que tinha sido condenado e sabe-se lá o que demais poderia advir.

O Kam retomou o seu trabalho, o amigo que le tinha agredido até lhe perdoou e foi trabalhar para a mesma firma onde se encontrava o Kam, porém para o escritórios.

Sabendo que corrias alguns riscos se não se porta-se bem, resolver dar um novo à vida, e um dia passando pela Praça do Geraldo, em Évora, viu afixados uns anúncios governamentais, os quais solicitavam aos jovens para se alistarem no Exército ou na Marinha, para tal necessário seria ter 17 anos de idade no minimo.

O Kam ficou a pensar no assunto e resolveu alistar-se como voluntário no Exército, para tal preencheu o devido impresso o qual devia ser assinado por seus pais, visto ser ainda menor.

O seu pai tinha falecido quando ele tinha somente 8 anos de idade, tinha a sua mãe que era analfabeta mas sabia assinar o seu nome, então o Kam, sabendo que se disse-se à sua mãe o motivo que lhe a levaria a assinar o documento, ela nunca o faria, então usou a estratégia de lhe dizer que ela tinha que assinar aquele documento para ele Kam, poder justificar as faltas dadas às aulas, e assim a convenceu.

Nesse mesmo dia fez entrega do impresso no Quartel General e ficou aguardando resposta, o que veio a acontecer um mês depois, tendo sido informado para se apresentar à junta médica para ser inspecionado.

A junta médica ocorreu no Quartel de Infataria 16 em Évora, nas vésperas do Kam completar 19 anos, isto no dia 14 de Fevereiro do ano de 1963, tendo sido apurado para todo o serviço militar, digo, infantaria.

Quando sua, saudosa, mãe soube, foi ter com um Sargento amigo afim de eliminar todo o processo mas era tarde demais. O seu patrão ficou furioso, pois iria perder uma pedra fundamental na sua empresa, mas teve que se resignar.
O Kam que há muito andava poupando dinheiro, não do vencimento, pois esse o dava na totalidade a a sua mãe, mas sim o dinehiro ganho nas percentagens das vendas sobre produtos que a firma frabricava, ainda junto uma boa quantia, e com receio que as pessoas em Évora viessem a saber, foi abrir uma conta nos Correios, na cidade de Elvas.

O seu ingresso no exército lhe foi transmitido e lhe sendo entregue uma guia de marcha, para se apresentar no dia 8 de Agsoto de 1963, no CISMI, (Centro de Intrução de Sargentos Milicianos de Infantaria) em Tavira.

Em meados de Julho pediu baixa do serviço e se foi despedir de sua avó materna, a qual o tinha por seu neto mais estimado e carinhosamente lhe chamava o Torrado, pois quando ia passar férias a sua casa, era sempre depois de ter passado uns 15 dias na praia em Sesimbra e ia queimadinho do sol.

Ela carinhosamente preparou uns enchidos sem usar o tal pimentão e as massas, para que não me fizesse mal, alguns comerciantes vizinhos da loja onde o Kam trabalhava o ofertaram com cigarros, papel de carta, envelopes, selos e postais.

No dia 8 lá seguiu o Kam de combóio até Tavira, viagem essa que levou 16 horas, ia um dia mais cedo afim de ficar a conhecer a cidade, pois era a primeira vez que ia para o Algarve.

Chegado à estação, em Tavira, desembarcou e tentava sair da mesma quando foi abordado por agentes da Polícia Militar indagando se ele vinha para se apresentar no CISMI, ele disse que sim, mas só o faria no dia seguinte, e para provar lhes mostrou a guia de marcha, mas isso de nada lhe valeu e o levaram para uma camioneta e o conduziram ao quartel.

Ficaram gouradas as suas intensões. Na enorme parada interior do quartel já se encontravam umas boas centenas de jovens, estes que iam cumprir o serviço militar obrigatóriamente.

Madados formar lhes foi distruído fardamento, o Kam era magro e as roupas que le entregaram as medidas eram para pessoas com um fisico superior, o bivaque esse, ao coloca-lo na cabeça mais parecia, o de um cozinheiro. Mais tarde fez a troca do fardamento ficando assim com roupas à sua medida.

Depois os mandaram despir ficando nús em pelota, e em fila indiana se dirigiram para o posto médico onde eram observado por um médico e um enfermeiro, que lhes fazima uma inspecção de rotina, entregando-lhes depois um documento por eles assinado que era entregue na secretaria geral, e ali os distribuiam pelas companhias e lhes era dado um número de soldado instruendo, ao Kam calhou o 1025 sendo destacado para a segunda companhia.

Este o seu primeiro dia de tropa em Portugal.

.



Inicialmente lhe foi ministrada uma instrução básica, ordem unida, marcha, ginástica de aplicação militar, regulamentos e vóz de comando que teve a duração de três meses.
Foi uma instrução dura, mas ele preparado para tudo e com sacrificio e muita abnegação, soube sempre contornar as dificuldades.

Na parte de vóz de comando o Kam já estava habituado a elas, pois tinha comandante de castelo da Mocidade Portuguesa, por algumas vezes foi escalado como faxina à cozinha que não era mais que ir buscar géneros aos armazéns, descacar batatas e lavar panelas enormes, de faxina aos sanitários ficou só uma vez e ai conheceu que ainda hoje, volvidos tantos anos, é um dos seus amigos preferidos.

O Kam Mei Ta após terminada a recruta ficou na mesma unidade militar afim de receber o treinamento da especialidade, muitos de seus colegas foram destacados para a Polícia Militar, Engenharia, Cavalaria e Artilharia, ele como era de infantaria não arredou de Tavira.

Foram concedidas umas curtas férias de três dias e o Kam então pensou em organizar uma excurção até Évora, visto haverem muitos alunos dessa cidade e de seus arredores, se assim pensou assim o fez, e foi alugar uma camioneta da firma Eva, arranjou pessoal e ele nada teve que pagar, ficando ainda a lucrar com o negócio, foi a única vez que foi a Évora no periodo de tempo que esteve em Tavira.

Mais seis meses de instrução esta sim, classificativa para o Curso de Sargentos Milicianos, muitos cabos readminitos lá iam frequentar esse curso. Por essa altura o Kam já era escalado para fazer sargentos de dia, e comandante de pelotão, embora fosse ainda aluno instruendo.

A instrução de ginástica militar aplicada era mesmo muito dura, num recinto nas traseiras do quartel havia uma escola com uma enorme escadaria em mármore, todos nós erámos obrigados a desce-las, n ão a pé, mas sim rolando deitados, levando com eles a arma, que era uma espingarda Mauser. O salto ao galho e manobras onde se fazia tiro real bem como marchas de 150 quilómetros era o pão nosso de cada dia. Em termos fisicos a coisa ia mesmo a fundo, tendo muitos ido parar ao hospital. Atravessar o rio em Tavira era outra das aventuras.

O Kam raramento saia à noite, mas algumas vezes o fez, para tal todos os alunos tinham que formar e lhe era pasada revista pelo Oficial de dia, o Kam se preparou, a sua apresentação era impecável, botas e botões amarelos brilhando, as calças devidamente vincadas, enfim estva a 100%. O Oficial ao lhe passar revista o mandou fazer a barba, ele ficou incrédilo, posi era imberbe, mas lá teve que acatar a ordem e fui para a caserna onde se mirou ao espelho, mas pelos esses ainda estavam para nascer.

Nesse intervalo de tempo os seus colegas já tinham saído do quartel e o Kam se foi apresentar ao Oficial de dia dizendo que já tinha feito a barba, o Alferes, olhou para ele e disse: Se tivesses vindo assim à formatura já tinahs saído com teu colegas. O Kam nada disse bateu a continência e dali se retirou, mas no seu pensamento iam rogando pragas ao Alferes.

Num fim de semana e não podendo ir gozar o mesmo a Évora, saiu do quartel e foi para um jardim junto ao castelo, local aprezível, levou os livros e por ali se entretinha estudando debaixo de um medronheiro, sabia que fruto era, mas não sabia as consequências que podiam resultar se abusasse em os comer, o Kam abusou, pois a fruta estava apetitosa, resultado apanhou uma camarina, embriagou-se, e se deixou dormir, só acordando lá para as 22 horas. Com muito receio de ser punido foi falar com o Oficial de dia e lhe contou o que se tinha passado, este era mais humano e para além de aceitar as desculpas tratou para que o Kam tivesse a refeição do jantar a que tinha faltado.

De outra vez, na altura do inverno, era noite estava já dormindo quando lhe deu vontade de urinar, na caserna não havia santinas, a noite estava fria, e as casas de banho ficavam ainda bem afastadas da caserna, para lá foi correndo, estava tudo às escuras e como só ia urinar, não entrou nos lavabos ficando à porta deste e assim lá aliviou a bexiga, ainda não tinha terminado quando ouviu uma vóz, berrando bem alto, que filha da puta está a ai a mijar para mim de mim!... o Kam dali saiu a correr de novo mas desta vez para a caserna.

No mês de Dezembro tiveram inicio as marchas finais, o curso terminaria após as mesmas, marchas essas em que havia provas de subsistência, nada possuiamos para comer, e teríamos que sobreviver com que o que encontrassemos, mas era proibido roubar.

Um dia o Kam cheio de sede, palmilhando as serras, na zona de Coi de Burra, se dirigiu a uma casa e pediu que lhe dessem um copo de água, a senhora que lá morava, uma senhora de certa idade, disse que só tinha a água suficiente para ela, que ele Kam a fosse encontrar lá pela serra em algum poço. Dali saiu, confirmando o ditado que os algarvios eram mais cinicos que os diabos. Caminhou alguns quilometros quando avistou um poço, e aí, sem tomar em conta a qualidade da mesma, saciou a sede, acto este que iria dar alguns graves problemas de saúde.

Faltavam dois ou três dias para a marcha terminar, nessa mesma noite o Kam se começa a sentir mal, a comida que possuía era uma lata de conserva e uma laranja que tinha apanhado num esconderijo marcado, mas nem apetite tinha, juntou-se aos seus colegas num acampamento e cansado, cheio de febre rapidamente adormeceu. No dia seguinte se fez a marcha de regreso para o quarel eram ainda uns bons 120 quilómetros, carregando a espingarda, capacete, baioneta e outros utilicios que levava às costas numa pesada mochila, com muito esforço lá foi seguindo, não dando parte de doente, com receio de perder o curso.

Quando chegou ao quartel a sua visão estava péssima, seguiu para a caserna e lá deixou ficar em sua da sua cama todo o material que tinha levado consigo e sem boné e todo sujo saiu pelas porta de armas ningém o impediu de sair, nem o próprio sentinela, e se dirigiu à enfermeira militar, qua ficava ainda longe do quartel.

A enfermeira era ampla e estava totalmente vazia, o Kam caiu em cima da primeira cama, quando o cabo enfermeiro veio ter com ele a fim de saber o que se passava. Disse até que seria melhor para mim ir para o quartel visto que o curso terminava e poderia ir gozar o Natal na sua terra.

O Kam pediu ao cabo para manadar chamar o médico, volvidos alguns minutos compareceu o médico e esteve escultando o Kam, depois falando com o cabo lhe perguntou a que horas saía o comboio de Tavira com destino a Évora e quantas horas levava a viagem. O Kam não ouviu a resposta do cabo, mas ouviu o médico dizer que o doente ali presente teria que baixar urgentemente ao hospital civil de Tavira, não havia tempo a perde, pois ir para o Hospital Militar da Região Sul em Évora punha em risco a sua vida.

Foi assim levado num jeeep para o hospital civil de Tavira onde entou em estado de coma, só acordando 15 dias depois.

No episódio seguinte veremos o que aconteceu ao Kam e quando saiu do hospital.

































ÉVORA CIDADE MUSEU


Évora cidade museu
cândida, cheia de história
lá o poeta nasceu
pobre, sem fama, mas com glória

Por António Manuel foi baptizado
e no famoso Farrobo viveu
sempre por todos estimado
novo destino Deus lhe deu

Jovem de Évora partiu
para a pátria defender
muitas saudades sentiu
mas era esse o seu dever

De lá saiu, não mais voltou,
tal Camões do Paço escorraçado
no Oriente outro amor encontrou
e a ele ficou amarrado

Nos sete máres navegou
cumprindo sua obrigação
Évora e seu Alentejo não olvidou
tal como os portugueses de antão

Na diáspora ficou vivendo
nova família formou,
hoje, vendo suas nétinhas crescendo
e amando como sempre amou

Velho e cansado vai ficando,
mas na vida vai prosseguindo
e como sempre recordando
e novas experiências adquirindo

Muitos são já os anos,
quase meio século é passado
entre amores e desenganos
mas por todos sempre estimado

Em seu coração permanece a dor
muito difícil de explicar ou curar!...
o porquê da perda de seu amor
quando em Macau era militar

























DIA D - 6 DE JUNHO DE 1944




O Dia-D, a maior invasão da história


O dia 6 de junho de 1944 é uma das datas mais importantes da Segunda Guerra Mundial. Naquela ocasião, uma vanguarda de 175 mil soldados anglo-saxãos (americanos, ingleses e canadenses) desembarcaram corajosamente nas praias da Normandia para libertar a França da ocupação nazistas.


Devido ao volume impressionante de navios de guerra, embarcações de transporte de tropas e aviões dos mais variados tipos e modelos, seguramente o Dia-D, o começo da Segunda Frente, deve ser considerado como a maior invasão aero-naval que a história até então conheceu.


Entrando em ação


"OK, nós vamos."- General D. Eisenhower, na véspera do Dia-D (5 de junho de 1944).


A palavra final foi dada pelo oficial meteorologista James Stagg. Apesar do mau tempo predominante naqueles começos de junho de 1944, carregado de nuvens e chuvas intermitentes, haveria uma pausa no dia 6, assegurou ele ao general Eisenhower. Sofrendo os dissabores dos enjôos do mar, as tropas já estavam nos porões das 3.000 embarcações que balouçavam aos sabor das ondas nas costas da Inglaterra.


A invasão do continente europeu, a maior da história, batizada como Operação Overlord, tinha sido minuciosamente preparada pelo alto comando aliado. Era parte de um poderoso torno de aço composto pelos exércitos anglo-americanos e soviéticos (que deslocavam-se do leste), que se fechava sobre a Europa ocupada pelos nazistas. O supremo comandante aliado, o general Eisenhower, e o comandante das operações, marechal Montgomery, dispunham de 2 milhões de soldados prontos para tudo tendo à disposição o que havia de melhor no material de guerra .

O objetivo do assalto, segundo o general Eisenhower, “era a ambição de que forças terrestres e aerotransportadas ocupassem a costa entre Le Havre até a península de Cotentin (ambos na Normandia francesa), e, a partir do sucesso em formar cabeças-de-praia com portos adequados, dirigir-se ao longo das linha do rio Loire e do Sena diretamente para o coração da França para destruir o poder alemão e libertar a França.”

Naquela madrugada do dia 6, a vanguarda composta por 175 mil soldados, organizados em dois grandes exércitos (o US 1st Army sob comando do general Omar Bradley, e o GB 2st Army liderado pelo general Miles Demsey), levados por navios transportes, atravessaram o Canal Inglês ( Canal da Mancha) para desembarcarem de surpresa no litoral francês.






















A muralha do Atlântico


Desde 1942, Hitler, com 65% das suas divisões de combate lutando no oriente contra os soviéticos, decidira proteger o fronte ocidental erguendo uma série de casamatas no litoral do Atlântico: a Muralha do Atlântico. Cobriria a costa da Noruega até o norte da Espanha. Pronta, a Atlantic Wall lembraria um colar de cimento e ferro com bunkers construídos a cada 300 metros, aparelhados com canhões navais de 152mm. capazes de expulsar ou manter a distância qualquer barco mais ousado.


Ainda 58 divisões participavam da guarda, sendo que 10 delas eram divisões Panzer. Caso o inimigo ultrapassasse a primeira linha fortificada, era o plano do general Erwin Rommel, os tanques seriam deslocados rapidamente para vedar a brecha e fazê-los retroceder de volta à praia. Para o OKW, o alto comando alemão, a dúvida era saber por onde exatamente os aliados fariam o seu desembarque. Hitler acertou no alvo. Ao contrário do que sustentava o marechal von Rundstedt, de que os invasores viriam pelo estreito de Calais, que era o caminho mais curto, percebeu que os aliados precisariam de um grande porto, e este ficava em Cherburgo na Normandia.


VOLTAIRE SCHILLING

========================================================================

Naquela terça-feira de Junho do ano de 1944, tinha o articulista apenas 4 meses de idade, a história fala por si, e este marcou o início do fim de Hilter.



















quarta-feira, junho 3

ANTONY QUINN













Faz hoje oito anos que este excelente actor de cinema, ANTONY QUINN, nos deixou.

Por ser seu fã, aqui estou prestando homenagem a esse que foi um grande senhor e galã de Holyood.


Anthony Quinn, nascido Antonio Rudolfo Oaxaca Quinn, (Chihuahua, 21 de Abril de 1915— Boston, 3 de junho de 2001) foi um actor estadunidense nascido no México.



Biografia


Pai de treze filhos, naturalizou-se cidadão dos Estados Unidos nos anos 1940. Antes de iniciar sua carreira como actor trabalhou como açougueiro e boxeeur. Chegou também a estudar arquitetura. Ganhou o seu segundo oscar por uma participação de apenas 8 minutos, tempo de todas as suas cenas em " Sede de Viver". É o vencedor do Oscar, que mais filmes fez ao lado de outros ganhadores do oscar de actuação. Foram 46 no total, sendo 28 com atores vencedores do oscar e 18 com atrizes vencedoras do prêmio. Possui uma estrela no Passeio da Fama, localizado em 6251 Hollywood Boulevard.







Actor multifacetado


Sangue e Areia (1941)


Anthony Quinn talvez seja o ator que mais papéis diversificados fez, e caracterizou-se por representar personalidades famosas: foi Barrabás e o magnata grego Onassis. Dentre outros gregos que interpretou está talvez o seu papel mais carismático: Zorba. Outros gregos foram o pai de família problemático em "Um sonho de reis" e o combatente de "Canhões de Navarone". Foi esquimó (Sangue sobre a neve, 1960) e toureiro (Sangue e Areia, 1941).


No filme "A Vigésima Quinta Hora", que demonstra o absurdo das idéias nazistas, ele faz o papel de um romeno católico que foi preso como judeu, cigano, revoltoso e até como um dos modelos perfeitos da genética ariana. Ainda interpretou os papéis de índio norte-americano, mexicano condenado ao linchamento ("Consciências Mortas") e mafioso italiano. A sua versatilidade em cena e a extensa carreira tornaram-no um dos maiores actores do Cinema.

Filmografia


2002 - Missão perigosa (Avenging Angelo)
1999 - Oriundi
1996 - Il sindaco
1996 - Gotti - No comando da máfia (Gotti) (TV)
1996 - Seven servants
1995 - Caminhando nas nuvens (A walk in the clouds)
1994 - Hércules e o labirinto do minotauro (Hercules and the maze of *the minotaur) (TV)
1994 - Hércules no mundo dos mortos (Hercules in the Underworld) (TV)
1994 - Hércules e o círculo de fogo (Hercules and the circle of fire) (TV)
1994 - Alguém para amar (Somebody to love)
1994 - Hércules em busca do reino perdido (Hercules and the lost kingdon) (TV)
1994 - Hércules e as amazonas (Hercules and the Amazon Women) (TV)
1994 - Vestígios de uma paixão (This can't be love) (TV)
1993 - O último grande herói (Last Action Hero)
1991 - A star for two
1991 - Império do Crime (Mobsters)
1991 - Febre da selva (Jungle fever)
1991 - Mamãe não quer que eu case (Only the lonely)
1990 - Fantasmas não transam (Ghost can't do it)
1990 - The old man and the sea (TV)
1990 - Vingança (Revenge)
1989 - Stradivari
1988 - Pasión de hombre
1988 - Onassis: The richest man in the world (TV)
1982 - Regina Roma
1982 - Valentina (Valentina)
1981 - Crosscurrent
1981 - Alto risco (High Risk)
1981 - A salamandra (The Salamander)
1980 - O leão do deserto (Lion of the desert)





1979 - Passageiros do inferno (The Passage)
1978 - Os filhos de Sanchez (The Children of Sanchez)
1978 - Caravans
1978 - O magnata grego (The Greek Tycoon)
1976 - A mensagem (The Message)
1976 - No alvo de um assassino (Target of an assassin)
1976 - Um blefe de mestre (Bluff storia di truffe e di imbroglioni)
1976 - A herança dos Ferramonti (L'eredità Ferramonti)
1974 - Contrato com Marselha (The Destructors)
1973 - A morte do chefão (The Don is dead)
1972 - A máfia nunca perdoa (Accross 110th Street)
1972 - Rápidos, brutos e mortais (Los amigos)
1972 - El asesinato de Julio César
1972 - The Voice of La Raza
1971 - The City (TV)
1970 - Flap
1970 - R.P.M. (R.P.M.)
1970 - Caminhando sob a chuva da primavera (Walk in the spring rain)
1969 - Um sonho de reis (A dream of kings)
1969 - O Segredo de Santa Vitória (The Secret of Santa Victoria)
1968 - O mago (The Magus)
1968 - As sandálias do pescador (The Shoes of the Fisherman)
1968 - Os canhões de San Sebastian (The Bataille of San Sebastian)
1967 - O heróico lobo do mar (L'Avventuriero)
1967 - Acontece cada coisa (The Happening)
1967 - A vigésima-quinta hora (La vingt-cinquième heure)
1966 - A patrulha da esperança (Lost command)
1965 - Marco the magnificent
1965 - Vendaval em Jamaica (A high wind in Jamaica)
1964 - Zorba, o grego (Alexis Zorbas)
1964 - A visita (The Visit)
1964 - A voz do meu sangue (Behold a pale horse)
1962 - Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia)
1962 - Réquiem para um lutador (Requiem for a heavyweight)
1961 - Barrabás (Barabba)
1961 - Os canhões de Navarone (The Guns of Navarone)
1960 - Retrato em negro (Portrait in black)
1960 - Jogadora infernal (Heller in pink tights)
1960 - Sangue sobre a neve (The Savage Innocents)






1959 - Duelo de titãs (Last Train from Gun Hill)
1959 - Minha vontade é lei (Warlock)
1958 - A orquídea negra (The Black Orchid)
1958 - Quando vem a tormenta (Hot spell)
1957 - A fúria da carne (Wild is the Wind)
1957 - O retorno sangrento (The Ride Back)
1957 - Matar para viver (The River's Edge)
1956 - Orgia sangrenta (The Wild Party)
1956 - O corcunda de Notre Dame (Notre Dame de Paris)
1956 - Blefando com a morte (Man from Del Rio)
1956 - Sede de viver (Lust for Life)
1955 - As sete cidades do ouro (Seven cities of gold)
1955 - O salário do pecado (The Naked Street)
1955 - O magnífico matador (The Magnificent Matador)
1954 - Attila (Attila)
1954 - Ulisses (Ulysses)
1954 - A estrada da vida (La strada)
1954 - Procurado por homicídio (The Long Wait)
1953 - Cavalleria rusticana
1953 - Donne proibite
1953 - Il più comico spettacolo del mondo
1953 - Sangue da terra (Blowing wind)
1953 - Ao sul de Sumatra (East of Sumatra)
1953 - A bela e o renegado (Ride, vaquero!)
1953 - Seminole (Seminole)
1953 - Cidade submersa (City beneath the sea)
1952 - Contra todas as bandeiras (Against All Flags)
1952 - O mundo em seus braços (The World in His Arms)
1952 - O rei e o aventureiro (The Brigand)
1952 - Viva Zapata! (Viva Zapata!)
1951 - A máscara do vingador (Mask of the avenger)
1951 - Touros bravos (The Brave Bulls)








1947 - Tycoon
1947 - Ouro negro (Black gold)
1947 - O meu pecado (The Imperfect Lady)
1947 - Sinbad the sailor
1947 - Califórnia (California)
1945 - Espírito indomável (Back to Bataan)
1945 - Fantasia musical (Where do we go from home?)
1945 - Sob o céu da China (China sky)
1944 - Olhos travessos (Irish eyes are smiling)
1944 - Buffalo Bill (Buffalo Bill)
1944 - Roger Touhy, gangster
1944 - Ladies of Washington
1943 - Guadalcanal diary
1943 - Consciências mortas (The Ox-Bow Incident)
1942 - O cisne negro (The Black Swan)
1942 - A sedução do Marrocos (Road to Morocco)
1942 - Vale a pena roubar (Larceny, Inc.)
1941 - The Perfect Snob
1941 - O intrépido general Custer (They Died with Their Boots On)
1941 - Bullets for O'Hara
1941 - Sangue e areia (Blood and Sand)
1941 - Thieves fall out
1941 - Knockout
1940 - The Texas Rangers ride again
1940 - Dois contra uma cidade inteira (City for conquest)
1940 - Parole fixer
1940 - Castelo sinistro (The Ghost breakers)
1940 - A sereia das ilhas (Road to Singapore)
1940 - Emergency squad
1939 - Island of lost men
1939 - Television spy
1939 - Aliança de aço (Union Pacific)
1939 - King of Chinatown
1938 - O tirano de Alcatraz (King of Alcatraz)
1938 - Bulldogg Drummond in Africa
1938 - Hunted men
1938 - Tip-off girls
1938 - Verdugo de si mesmo (Dangerous to know)
1938 - Lafitte, o corsário (The Buccaneer)
1937 - Tráfico humano (Daughter of Shanghai)
1937 - Partners in crime
1937 - The Last train from Madrid
1937 - Under strange flags
1937 - Amor havaiano (Waikiki Wedding)
1937 - Começou no trópico (Swing high, swing low)
1936 - Jornadas heróicas (The Plainsman)
1936 - Night waitress
1936 - Sworn enemy
1936 - Parole
1936 - Haroldo Tapa-Olho (The Milky Way)







Premiações



Recebeu duas indicações ao Oscar de Melhor Ator, por suas atuações em "A Fúria da Carne" (1957) e "Zorba, o Grego" (1964).



Ganhou dois Óscar de Melhor Ator Coadjuvante, por suas atuações em "Viva Zapata!" (1952) e "Sede de Viver" (1956).



Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator - Drama, por "Zorba, o Grego" (1964).



Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator - Comédia/Musical, por "O Segredo de Santa Vitória" (1969).



Recebeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante - Filme para TV, por "Gotti - No Comando da Máfia" (1996).



Ganhou o Prêmio Cecil B. DeMille, em 1987.



Recebeu duas indicações ao BAFTA de Melhor Ator, por "Lawrence da Arábia" (1962) e "Zorba, o Grego" (1964).



Recebeu uma indicação ao Framboesa de Ouro de Pior Ator Coadjuvante, por "Império do Crime" (1991).

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------


PAZ À SUA ALMA