o mar do poeta

o mar do poeta

o mar do poeta

o mar do poeta

sábado, maio 19

AS VACINAS

Nos serviços ao qual pertencia o articulista, havia um comissário que tinha a mania da superioridade e metia-se sempre nas conversas embora para elas não fosse chamado.

Um dia estava o articulista almoçando na Messe da Marinha com alguns amigos e o tema da conversa que estavamos entabulando era relacionada com as vacinas que tinha levado quando frequentava o curso de Sargento Milicianos em Tavira e outras que também tinha levado antes de seguir para o Ultramar.

Dizia o articulista ter levado várias vacinas, algumas dadas na espinha dorsal e omoplata e que tinham doído imenso.

O pessoal formada na parada e em tronco nú aguardava que um enfermeiro  viesse espetar a agulha e em seguida vinha outro enfermeiro, com uma seringa e dava a vacina sendo depois a gulha retirada por um maqueiro,

Na mesa ao lado encontrava-se almoçando o tal comissário que ao ouvir a conversa disse logo ter levado também essas vacinas que tinha descrito e ainda mais algumas....

Chateado por ter sido interrompido, o articulista indagou ao comissário se também lhe tinha sido a Esgana ou a Parvovirose... Ele prontamente respondeu que a da Esgana, essa tinho sido a que lhe doera mais, o que causou de imediato um riso geral entre os amigos do articulista.

O comissártio ao ver-se alvo de chacota perguntou se não acreditavam nele foi então que o articulista lhe respondeu dizendo que a dita vacina era só aplicada em animais, mais propriamente dito em cães!...



Ficou embasbacado com a resposta do articulista e sem dizer palavra, nem ter terminado a refeição apressadamente saiu da sala.

Era assim o feitio desse comissário que tinha a mania de ser uma enciclopédia e de todas as matérias saber profundamente, tal como ficou provado nas vacinas que lebou!...

Vacinado não ficou ele porque passados uns dias lá estava de novo na mesma, tinha pele dura como a de um corcodilo onde a vergonha diícilmente entrava.


Nota - esta passagem foi extraída do livro MEMÓRIAS DE UM AGENTE EM MACAU, da autoria do articulista, onde narra as suas vivências na PMF durante os 25 anos que lá prestou serviço.

7 comentários:

Catarina disse...

Os sabem tudo existem por todo o lado! : )

Prof.Ms. João Paulo de Oliveira disse...

Estimado confrade e amigo António Cambeta!
Tipos, como os descritos por você, estão em toda parte!!!!
Ché, pelo jeito este tipo diria que tomou todas as vacinas aplicadas pelo Instituto Pasteur!!!!
Adorei a crônica!!!!
Caloroso abraço! Saudações imunes!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP

Prof.Ms. João Paulo de Oliveira disse...

PS - Que tal nos brindar periodicamente com crônicas do livro de sua lavra?!..

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Estimada Amiga Catarina,
É mesmo, ainda existe dessas pessoas que pensam ser sabichonas.
Esse tal comissário foi militar em Macau no mesmo tempo do que eu, ele era Cabo e eu Sargento Miliciano.
Abraço amigo

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Estimado Confrade e Ilustre Prof. João Paulo,
Infelizmente assim é, ainda essa raça não está em vias de extinsão !....
Será com todo mo prazer que irei narrar alguns episódios passados durante a minha estada na briosa de Macau.
Muitos dos artigos foram já postado no Jornal de língua portuguesa a Tribuna de Macau, que se subtão deixou de publicar.
Abraço amigo e grato por seu gentil comentário.

tulipa disse...

Estimado Amigo

...por acaso, neste meu passeio a sós não fui visitar o templo.
No dia seguinte,
quando o guia me foi buscar ao Hotel, foi esse o 1º templo que visitamos, porque era mesmo pertinho do hotel.

quando eu colocar fotos
do seu interior,
o AMIGO António Cambeta
poderá no seu comentário contar
a linda história - fico-lhe
muito grata.

SIM, eu sei que o Amigo me deu essa informação:
a melhor maneira para visitar a Tailândia é ir sózinha
...
mas eu expliquei-lhe a minha situação, ia acompanhada por uma pessoa que não queria viajar dessa forma, mas sim por um programa da agência...e, acabei por ir sozinha!...

Se Deus me permitir voltarei a Bangkok e dessa vez sozinha, sem guias nem agências,
porque tal como diz:
ficou imenso por ver em Bangkok.

Abraço amigo

tulipa disse...

Estimado Amigo

MUITOS PARABÉNS pelas suas belas crónicas.
Não sabia que tinha publicado um LIVRO - fabuloso!

Continue a narrar episódios passados durante a sua vida profissional.

Muito nos conta:
também não sabia que os seus artigos constam do
Jornal de língua portuguesa a Tribuna de Macau.

Abraço amigo.
Grata pelos seus belos comentários