o mar do poeta

o mar do poeta

o mar do poeta

o mar do poeta

sábado, julho 16

TRÊS CAMBETAS POETAS




Portugal esse deixei !...
mas o tempo para mim não parou
e na vida continuei
vivendo amando e cá estou

As horas, para mim, fazem parte dos dias
e acumuladas fazem anos
trazendo-nos recordações e saudades
vivências, amores e desenganos

O tempo jamais a trás voltará,
recordo sim o que vivi
e imensa pena me dá
daquilo que realizar não consegui

Minhas esperanças não são vãs
e na vida prosseguindo
vendo raiar o sol todas as manhãs
e, embora fraco, o caminho sou seguindo

O passado e o amor são bem iguais
que nos invadem de nostalgia
quando partem não voltam mais,
é uma lição de psicologia

Seguindo o eco dos meus passos
sem ter à espera a saudade
vivendo sem seus enlaços
é essa a minha vontade

Que o tempo vá prosseguindo,
pois a trás não voltará,
e eu continue a ouvir o seu batido
deste coração que cansado já está

Agora, na terceira idade
cheia de recordações,
presiste em ter lugar a saudade
cheia de vida e de emoções


Que Deus me vá permitindo
mais uns anitos para viver,
já que o tempo volvido
esse jamais o poderei obter.




Segundo informação de minha estimada prima Delmina Traitolas, "a veia poética veinos da avó Vicência Cambetas e meu pai também era poeta".

O articulista não é poeta, somente escreve algumas letras apoetadas, e tudo aconteceu, quando em Macau ficou perdido de amores, foram as vagas do mar, o azul do céu, as estrelas cadentes que a musa trouxe até si que o inspirou, são parcas as suas letras, bem como humilde é a sua pessoa.

 



SEREI UM LOUCO



Serei um louco
O universo nos mostra
que somos imensos...
seremos gigantes ou fortes?
Talvez cobardes e malandros,
mas poderemos ser doces,
suaves e meigos.

Serei eu um louco
por nada escrever que se diga ser poema?...
Escrevo letras falando em ti, pois de ti,
nunca esquecerei.
Tu, saíste de minha vida e deixas-te só,
minhas mãos cansadas já estão de tanto
escrever, de te recordar.

Dentro de mim, ainda me parece ouvir
a tua suave vóz,
essa vóz que se perdeu no tempo,
mas, continuando eu com essa teima,
essa vóz, em minha mente, perfurando os ouvidos.

Cruzei já parte do mundo,
mas mesmo assim, cruzando máres,
oceanos, lagos, rios e serras,
essa vóz me persegue e atormenta.
Serei certamente um poeta louco
sonhando acordado com coisas do passado,
e, se encontram profundamente enterradas
neste pequeno mas grande coração.

Serei talvez um poeta louco,
por não me saber exprimir,
serei um poeta louco, por ainda sentir
algo que já não existe.
Mas poderei de novo sentir,
o frio da madrugada, passar fome ou sede,
palmilhar terras, cruzar máres, esta paixão
sempre estará bem presente, firme, necessitada.

Quando de novo te encontrar,
quando meus lábios com os teus se cruzarem,
então deixarei de ser um poeta louco,
serei aquele que tu queiras que seja.

Em teu braços imaculados,
eu poderei morrer em paz,
e assim, este louco poeta,
eternamente apaixonado
poderá por fim alcançar a luz da vida,
porque encontrou o caminho da salvação,
levando consigo e em seu coração
essa paixão, esse poema, chamado saudade.


4 comentários:

tulipa disse...

OLÁ POETA

Gostei de ler o desfiar de suas palavras. Parabéns!

Muito obrigado pela visita que fez ao meu blog; agradeço também a disponibilidade em me informar, sobre o meu pedido.

Já que disponibiliza o seu contacto farei algumas perguntas sobre as minhas dúvidas.

O meu sincero obrigado.Tulipa.

tulipa disse...

OLÁ POETA

Gostei de ler o desfiar de suas palavras. Parabéns!

Muito obrigado pela visita que fez ao meu blog; agradeço também a disponibilidade em me informar, sobre o meu pedido.

Já que disponibiliza o seu contacto farei algumas perguntas sobre as minhas dúvidas.

O meu sincero obrigado.
Tulipa.

Carlota Pires Dacosta disse...

Um poeta perdido no amor
Além mar foi encontrar
Duas deusas, princesas, feiticeiras
E ao seu lado voltou a amar.

Adorei este post, caro compadre.
13 abraços deste lado do mundo..

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Estimada Comadre Carlota,
Meu sincero obrigado pelo seu gentil comentário, não sou poeta, a musa por vezes é que me abre a porta.
Sempre que tenha alguma dúvida, já sabe, pode contar comigo.
Abraço amigo, óptimo domingo