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sábado, julho 9

Revolução Constitucionalista de 9 de julho de 1932



A Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 1932 ou Guerra Paulista, foi o movimento armado ocorrido no Estado de São Paulo, Brasil, entre os meses de julho e outubro de 1932, que tinha por objetivo a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil.

Foi uma resposta paulista à Revolução de 1930, a qual acabou com a autonomia de que os estados gozavam durante a vigência da Constituição de 1891.

A Revolução de 1930 impediu a posse do ex-presidente (atualmente denomina-se governador) do estado de São Paulo Júlio Prestes na presidência da República e derrubou do poder o presidente da república Washington Luís colocando fim à República Velha, invalidando a Constituição de 1891 e instaurando o Governo Provisório, chefiado pelo candidato derrotado das eleições de 1930, Getúlio Vargas.

Atualmente, o dia 9 de julho, que marca o início da Revolução de 1932, é a data cívica mais importante do estado de São Paulo e feriado estadual. Os paulistas consideram a Revolução de 1932 como sendo o maior movimento cívico de sua história.

Foi a primeira grande revolta contra o governo de Getúlio Vargas e o último grande conflito armado ocorrido no Brasil.

No total, foram 87 dias de combates (de 9 de julho a 4 de outubro de 1932 - sendo o último dois dias depois da rendição paulista), com um saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas, não oficiais, reportem até 2200 mortos, sendo que numerosas cidades do interior do estado de São Paulo sofreram danos devido aos combates.

São Paulo, depois da revolução de 32, voltou a ser governado por paulistas, e, dois anos depois, uma nova constituição foi promulgada, a Constituição de 1934.

História


Contexto da revolução de 1930 e seus desdobramentos

Na primeira metade do século XX, o Estado de São Paulo vivenciou um acelerado processo de industrialização e enriquecimento devido aos lucros da lavoura de café e à articulação da política do café-com-leite, criada pelo presidente da república Dr. Campos Sales, pela qual se alternavam na presidência da República políticos dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais.

No início de 1929, o governo de Washington Luís, ao nomear o paulista Júlio Prestes, apoiado por 17 estados, preteriu a vez de Minas Gerais no jogo da sucessão presidencial, rompendo a "política do café-com-leite", na qual São Paulo e Minas Gerais, os estados mais ricos e populosos da União, alternavam-se no poder, desde o governo de Afonso Pena (1906-1909) que substituiu o paulista Rodrigues Alves na presidência da República.

De acordo com este revezamento Minas Gerais - São Paulo na presidência da república, o candidato oficial, em 1930, deveria ser um mineiro, que poderia ser o presidente de Minas Gerais Antônio Carlos Ribeiro de Andrada ou o vice-presidente da república Fernando de Melo Viana ou ainda o ex-presidente Artur Bernardes, entre outros próceres políticos mineiros.

Porém, Washington Luís, depois de consultar os 20 presidentes de estado, em julho de 1929, recebeu o apoio de 17 deles a Júlio Prestes, e o indicou como candidato oficial à presidência da república nas eleições marcadas para 1 de março de 1930. Minas Gerais, então, rompe com São Paulo, une-se à bancada gaúcha no Congresso Nacional e promete apoio a Getúlio Vargas, se este concorresse à presidência.

Em setembro de 1929, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba formaram a "Aliança Liberal" lançando Getúlio Vargas à presidência e João Pessoa, da Paraíba, a vice-presidente. Apoiavam Getúlio também o Partido Democrático de São Paulo, parte das classes médias urbanas e apenas três estados e os tenentes, que defendiam reformas sociais e econômicas para o país. Os outros 17 estados da época apoiaram Júlio Prestes.

Nesse momento, setembro de 1929, já era percebido, em São Paulo, que a Aliança Liberal, e uma eventual revolução visava especificamente São Paulo. Nos debates, na Câmara dos Deputados, e no Senado Federal, em 1929, se dizia abertamente que se a Aliança Liberal não ganhasse a eleição haveria revolução.

Tendo o senador estadual de São Paulo, Cândido Nazianzeno Nogueira da Motta, denunciado, profeticamente, na tribuna do Senado do Congresso Legislativo do Estado de São Paulo, em 24 de setembro de 1929, que:

A guerra anunciada pela chamada Aliança Liberal não é contra o sr. Júlio Prestes, é contra nosso estado de São Paulo, e isso não é de hoje. A imperecível inveja contra o nosso deslumbrante progresso que deveria ser motivo de orgulho para todo o Brasil. Em vez de nos agradecerem e apertarem em fraternos amplexos, nos cobrem de injúrias e nos ameaçam com ponta de lanças e patas de cavalo!

— Cândido Nogueira da Motta

Cândido Nogueira da Motta citou ainda o senador fluminense Irineu Machado que previra a reação de São Paulo:

A reação contra a candidatura do Dr. Júlio Prestes representa não um gesto contra o presidente do estado, mas uma reação contra São Paulo, que se levantará porque isto significa um gesto de legítima defesa de seus próprios interesses"!

— Irineu Machado

Em meio à grave crise econômica, devido à Grande Depressão de 1929 que derrubara os preços do café, Júlio Prestes, que era membro do Partido Republicano Paulista, foi eleito presidente em 1 de março de 1930, vencendo em 17 estados e no Distrito Federal, mas não tomou posse. Apesar da grande votação nos 3 estados aliancistas, Getúlio Vargas foi largamente derrotado. Júlio Prestes, em São Paulo, teve 91% dos votos válidos.

A ala mais radical da Aliança Liberal resolve pegar em armas e usa o assassinato de João Pessoa, em julho de 1930, como o estopim do movimento. O crime não teve motivos políticos, mas foi usado como tal, cujo impacto emocional deu novo ânimo aos oposicionistas derrotados. Cresce o apoio popular e os preparativos do golpe foram levados adiante e com rapidez pois se aproximava o momento da posse de Júlio Prestes.

Em 3 de outubro de 1930 estoura a insurreição. Os rebeldes tomam os três estados que irradiaram a revolução: (Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba) e rumam para a capital federal.



Comitiva de Getúlio Vargas (ao centro) fotografada por Claro Jansson durante sua passagem por Itararé (São Paulo) a caminho do Rio de Janeiro após a Revolução de 1930.

Em 24 de outubro de 1930, um golpe militar liderado por comandantes militares no Rio de Janeiro, depõe Washington Luís e entrega, em 3 de novembro de 1930, o poder a Getúlio Vargas.

Vitoriosa a revolução de 1930, Getúlio Vargas foi nomeado chefe do "Governo Provisório" e põe fim à supremacia política de São Paulo e Minas Gerais no governo federal. Entre outras ações, como a anistia dos rebeldes das revoluções de 1922 e 1924, modificações no sistema eleitoral e a criação do Ministério do Trabalho.

Getúlio tomou posse instalando no Brasil uma ditadura: suspendeu a Constituição e nomeou interventores em todos os estados, com exceção de Minas Gerais - reforçando o conflito com São Paulo; dissolveu o congresso nacional, os congressos estaduais (câmaras e senados estaduais) e as câmaras municipais.

Além de medidas de centralização política, outras se seguiram visando ao controle econômico pelo governo central: os estados foram proibidos de contratar empréstimos externos sem autorização do governo federal; o monopólio de compra e venda de moeda estrangeira pelo Banco do Brasil fá-lo controlar, assim, o comércio exterior. O governo impõe, ainda, medidas para controlar os sindicatos e as relações trabalhistas e cria instituições para intervir no setor agrícola como forma de enfraquecer os estados.

Júlio Prestes e o presidente Washington Luís e vários outros apoiadores de Júlio Prestes foram exilados na Europa e os jornais que apoiavam Júlio Prestes foram destruídos (na época se dizia empastelados), entre eles, os jornais paulistanos Folha de S. Paulo, "A Plateia" e o Correio Paulistano e os jornais cariocas A Noite e O Paiz.

Getúlio nomeou interventores para o governo dos Estados, sendo que para São Paulo foi designado o tenente, promovido a coronel pela Revolução de 1930, João Alberto Lins de Barros, o qual a oligarquia paulista tratava pejorativamente como um "forasteiro e plebeu" ou, ainda, por O pernambucano, codinome também adotado e difundido entre o povo paulista.

O Partido Democrático (1930) que apoiara Getúlio Vargas em São Paulo, conseguindo para Getúlio 10% dos votos paulistas nas eleições de 1 de março, não conseguiu indicar o interventor federal em São Paulo.

Para o comando da 2ª Região Militar de São Paulo foi designado o general Isidoro Dias Lopes, e para o comando da Polícia Militar do Estado de São Paulo, então denominada "Força Pública", foi nomeado o major Miguel Costa. Ambos tinham tentado derrubar o governo paulista na Revolução de 1924. Miguel Costa havia sido expulso da Força Pública por causa de suas ações em 1924. Isidoro Dias Lopes, porém, passou para o lado dos paulistas e foi um dos comandantes da Revolução de 1932.

Após a derrota de São Paulo em 24 de outubro de 1930, quando triunfou a Revolução de 1930, foi deposto o presidente em exercício de São Paulo Heitor Penteado e o estado passou a ser governado por:

"Gabinete dos 40 dias", tendo o Tenente João Alberto como Delegado Militar da Revolução, formado por próceres do Partido Democrático. O Gabinete dos 40 dias renunciou devido às pressões dos tenentes, rompendo com João Alberto.

A partir da renúncia do Gabinete dos 40 dias, São Paulo foi governado por interventores federais:

Tenente João Alberto Lins de Barros, de 25 de novembro de 1930 até 24 de julho de 1931.

Laudo Ferreira de Camargo, de 25 de julho de 1931 até 13 de novembro de 1931.

Coronel Manuel Rabelo Mendes, de 13 de novembro de 1931 até 7 de março de 1932.

Pedro Manuel de Toledo, de 7 de março de 1932 até o fim da Revolução de 1932, em 2 de outubro de 1932. Em 23 de maio de 1932, Pedro de Toledo, foi aclamado pelos paulistas, governador de São Paulo.

Logo depois de vitoriosa a Revolução de 1930, em 6 de novembro de 1930, Luís Carlos Prestes, que conhecia João Alberto do tempo da Coluna Prestes, lançou um manifesto onde dizia textualmente:

Brasileiros: Livrai-vos da desonestidade de um João Alberto !

— Luís Carlos Prestes

E o tenente João Cabanas, um dos chefe da Revolução de 1924 e revolucionário de 1930, no seu livro "Fariseus da Revolução", de 1932, assim definiu o tenente João Alberto:

João Alberto serve como exemplo: Se, como militar, merece respeito, como homem público não faz jus ao menor elogio.

Colocado, por inexplicáveis manobras e por circunstâncias ainda não esclarecidas, na chefia do mais importante estado do Brasil, revelou-se de uma extraordinária, de uma admirável incompetência, criando, em um só ano de governo, um dos mais trágicos confusionismos de que há memória na vida política do Brasil, dando também origem a um grave impasse econômico (déficit de 100.000 contos), e a mais profunda impopularidade contra a "Revolução de Outubro".. e ter provocado no povo paulista, um estado de alma equívoco e perigoso. Nossa história não registra outro período de fracasso tão completo como o do "Tenentismo inexperiente"!.



O movimento armado






Cartaz convocando os paulistas às armas

Em 9 de julho eclodiu o movimento revolucionário, com os paulistas acreditando possuir o apoio de outros Estados, notadamente Minas Gerais, Rio Grande do Sul e do sul de Mato Grosso, para a derrubada de Getúlio Vargas, o que acabou não ocorrendo. Pedro de Toledo, que ganhara forte apoio dos paulistas, foi proclamado governador de São Paulo e foi o comandante civil da revolução constitucionalista.

Foi lançado uma proclamação da "Junta Revolucionária" conclamando os paulistas a lutarem contra a ditadura. Formavam a Junta Revolucionária, Francisco Morato do Partido Democrático, Antônio de Pádua Sales do PRP, Generais Bertoldo Klinger e Isidoro Dias Lopes. O general Euclides Figueiredo assumiu a 2º Região Militar.

Alistaram-se 200 000 voluntários, sendo que estima-se que destes, 60 000 combaterem nas fileiras do exército constitucionalista.

No estado de São Paulo, a Revolução de 1932 contou com um grande contingente de voluntários civis e militares e o apoio de políticos de outros Estados, antigos apoiadores da Revolução de 1930, como, no Rio Grande do Sul, Raul Pilla, Borges de Medeiros, Batista Luzardo e João Neves da Fontoura entre outros, que formaram a Frente Única Rio-Grandense, e que tentaram fazer uma revolta mas foram capturados (salvo Batista Luzardo que conseguiu fugir) e exilados pelo interventor gaúcho.


Cartaz MMDC convocando o povo paulista às armas.

No atual Mato Grosso do Sul foi formado um estado independente que se chamou Estado de Maracaju, que apoiou São Paulo. Em Minas Gerais, a revolução de 1932 obteve o apoio do ex-presidente Artur Bernardes, que terminou também exilado.

São Paulo esperava a adesão do interventor do Rio Grande do Sul, o estado mais bem armado, mas este na última hora decidiu enviar tropas não para apoiar São Paulo, mas para combater os paulistas.

Quando se inicia o levante, uma multidão sai às ruas em apoio. Tropas paulistas são enviadas para os fronts em todo o Estado. Mas as tropas federais são mais numerosas e bem-equipadas. Aviões são usados para bombardear cidades do interior paulista.

Quarenta mil homens de São Paulo enfrentam um contingente de cem mil soldados. Os planos paulistas previam um rápido e fulminante movimento em direção ao Rio de Janeiro pelo Vale do Paraíba, com a retaguarda assegurada pelo apoio que seria dado pelos outros estados.




Cartaz de convocação para Enfermeiras Voluntárias paulistas

Porém, com a traição dos outros estados, o plano imaginado por São Paulo não se concretizou: Rio Grande do Sul e Minas Gerais foram compelidos por Getúlio Vargas a se manterem ao seu lado e a publicidade de pretensão separatista do movimento levou São Paulo a se ver sozinho, com o apoio de apenas algumas tropas mato-grossenses, contra o restante do Brasil.

Comandados por Pedro de Toledo, aclamado governador revolucionário, e pelo general Bertoldo Klinger, as tropas paulistas se viram lutando em três grandes frentes: o Vale do Paraíba, o Sul Paulista e Leste Paulista.

O estado de São Paulo, apesar de contar com mais de quarenta mil soldados, estava em desvantagem. Por falta de apoio e a traição de outros estados, São Paulo se encontrava num grande cerco militar.

Como as fronteiras do estado foram fechadas, não havia como adquirir armamento para o conflito, fora do país, assim muitos voluntários levaram suas próprias armas pessoais e engenheiros da Escola Politécnica do Estado (hoje EPUSP) e do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) passaram a desenvolver armamentos a serem produzidos pelo próprio estado para suprir as tropas. Um navio que trazia do exterior armamento para os paulistas foi apreendido pela Marinha do Brasil.




Veículo blindado desenvolvido com a ajuda da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

No teste de um novo canhão, um acidente matou o Comandante da Força Pública, Coronel Júlio Marcondes Salgado. Uma das armas mais sofisticadas feitas pela indústria paulista foi o trem blindado, usado na campanha militar no Vale do Paraíba.

São Paulo criou moeda própria, que foi falsificada pela ditadura e distribuída na capital paulista para desestabilizar a economia do estado. O dinheiro paulista era lastreado pelo ouro arrecadado pela campanha "Ouro para o bem de São Paulo", também chamado de "Ouro para a vitória".

Também foram compradas armas nos EUA, mas o navio que as transportava foi apreendido. Houve muita falta de munição, o que levou os paulistas a inventarem e usarem um aparelho que imitava o som das metralhadoras, chamado de "matraca".



Veículo construído em chassi caminhão Chevrolet com torre giratória para metralhadora.

Houve intensa mobilização através do rádio, uma novidade na época, onde se destacou César Ladeira da Rádio Record. Usaram-se muita propaganda e contra-propaganda ideológica por parte da ditadura que acusava São Paulo de estar nas mãos do fascismo italiano trazido pelos imigrantes.

Eram recrutados, pela ditadura, brasileiros de outras regiões para combaterem São Paulo dizendo-lhes que São Paulo queria se separar do Brasil.

A ditadura colocava elementos infiltrados em reuniões e comícios em São Paulo que pregavam o derrotismo e o desânimo da população.

O crime mais bárbaro, ocorrido durante a Revolução de 1932, ocorreu na cidade de Cunha onde as tropas da ditadura torturaram e mataram o agricultor Paulo Virgínio, por este se recusar a dizer onde estavam as tropas paulistas. Paulo Virgínio foi obrigado a cavar sua própria sepultura e morreu dizendo:

Morro mas São Paulo vence!

— Paulo Virgínio

Paulo Virgínio, junto com os jovens do MMDC, está enterrado no ponto central do Mausoléu do Ibirapuera e é homenageado dando seu nome a rodovia SP-171, que corta a região onde ele foi assassinado.

O movimento estendeu-se até 2 de outubro de 1932, quando foi derrotado militarmente.

O fim do conflito





Telegrama relatando o fim das hostilidades.

Em meados de setembro, as condições de São Paulo eram precárias. O interior do estado era invadido paulatinamente pelas tropas de Getúlio Vargas e a capital paulista era ameaçada de ocupação. A economia de São Paulo, asfixiada pelo bloqueio do porto de Santos, sobrevivia de contribuições em ouro feitas por seus cidadãos e as tropas paulistas desertavam em números cada vez maiores.


Tropas gaúchas acampadas na área do Instituto Biológico (futuro Parque do Ibirapuera) durante a Revolução Constitucionalista de 1932.

Vendo que a derrota e ocupação do estado era questão de tempo, as tropas da Força Pública Paulista, atual Polícia Militar de São Paulo, são as primeiras a se render, no final de setembro. Com o colapso da defesa paulista, a liderança revolucionária paulista se rende em 2 de outubro de 1932, na cidade de Cruzeiro, para as forças chefiadas pela general Pedro Aurélio de Góis Monteiro.

As tropas gaúchas ocupam a capital paulista, pela segunda vez, em menos de dois anos. A primeira vez fora logo após a vitória da revolução de 1930. A maior parte dos líderes paulistas, que não tinha sido exilada em 1930, com a derrota de Revolução de 1932, foi então exilada.

O comandante das forças militares do Sul do Brasil (Exército Sul), do Governo Provisório, que combateram São Paulo, o General Valdomiro Castilho de Lima, é nomeado governador militar em São Paulo.

A preservação da memória e dos ideais de 1932




Obelisco de São Paulo, no Parque Ibirapuera, construído em homenagem aos heróis da Revolução Constitucionalista.



Monumento aos Heróis da Revolução Constitucionalista de 1932 no Cemitério da Saudade, em Campinas.

No feriado estadual de 9 de julho, anualmente se realizam comemorações e desfiles cívico-militares, sendo que o mais importante desfile se realiza no Parque do Ibirapuera em São Paulo. Nesta solenidade, no Parque do Ibirapuera, são depositados no Mausoléu do Soldado Constitucionalista os restos mortais dos veteranos falecidos no ano corrente.

Em homenagem à revolução de 1932, no ínicio de julho, um grupo de paulistas faz a "Caminhada 9 de Julho", percorrendo, todos os anos, a pé, 927 quilômetros pelo estado de São Paulo. Cruzam o estado de São Paulo, saindo de Rubineia, no extremo oeste do estado e vão terminar a caminhada em Cruzeiro, no Vale do Paraíba, onde foi assinada a rendição dos paulistas. Os organizadores desta caminhada cívica pretendem entrar para o livro Guiness dos recordes como a maior caminhada cívica do mundo.

Em 2008 a cidade de Cruzeiro recebeu através da lei estadual 13203 o honroso título honorífico de "Capital da Revolução Constitucionalista de 1932" em virtude dos marcantes episódios desse conflito ocorridos no município, dentre os quais a assinatura do Armistício, termo de cessação da Revolução que deu-se no dia 02 de outubro de 32 na Escola Arnolfo Azevedo (na época transformada em quartel-general das tropas paulistas), localizada na região central da cidade.

O Exército Constitucionalista ainda existe e é presidido por veteranos de 1932. A Sociedade dos Veteranos de 1932 preserva a memória, documentos e relíquias de 1932.





                                Monumento ao Expedicionário em São José dos Campos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Caro amigo Cambeta,
Bom trabalho na giria jornalística.
Abração
José Martins

Prof.Ms. João Paulo de Oliveira disse...

Estimado confrade e amigo António Cambeta!
Hoje aqui nos domínios da valorosa nativa Bartira e seu destemido pai, o Cacique Tibiriçá, é feriado estadual, porque comemorarmos a Revolução Constitucionalista de 1932!
Caloroso abraço! Saudações incoformadas!
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP