o mar do poeta

o mar do poeta

o mar do poeta

o mar do poeta

terça-feira, julho 13

NOTA DO DIA



NOTA DO DIA



Terça, 13 Julho 2010 08:48



Com frequência ouvimos perguntar porque razão, sendo o Alentejo quase 30 mil quilómetros quadrados, um terço do País continental, não há aqui um surto de desenvolvimento económico.



Não é questão fácil para ser respondida dado que são várias as circunstâncias impeditivas e muitas delas estão encadeadas em muitos anos de vícios e desinteresse. Isto vem da noite dos tempos e chega a fazer-nos crer que está até na essência das nossas mentalidades.



Bem entendido que um alentejano não gosta que lhe apontem o dedo, mas a verdade é que muitas vezes é preciso que se lho aponte. Para despertar.



Longos anos, decénios, aqui viveu-se a servidão da terra, e o facto da densidade populacional ser a mais baixa completou um ciclo de atraso secular. Lembremo-nos que no início do século XX se chamava ao Alentejo a charneca. Para cá de Pegões em toda a extensão pensariam outros que os alentejanos não iam a Lisboa nem teriam visto o mar. É o anedotário que ainda agora se arrasta pela convicção de que só há Lisboa e arredores, a que chamavam a capital.



Deixemos isso e avalie-se a realidade geográfica que é o Alentejo e as razões do seu sub-desenvolvimento e da sua pouca população. Aqui é que está uma boa parte do problema da região.



As coordenadas do que temos e do que nos falta todos o sabemos. Que o Alentejo não é uma reserva, também já o discutimos ao longo de muitos anos. Que é difícil dizer que “o rei vai nu” também sempre aqui foi difícil apontar com o dedo. Mas o certo é que o rei vai nu por cá e há muitos anos.



Falaremos amanhã sobre outros aspectos que travam esta região.



Fonte - Jornal Diário do Sul - Évora

Nenhum comentário: