o mar do poeta

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quinta-feira, março 26

MACAU - TOI SHAN














MACAU TOI SHAN



Estáva-mos no dia 12 de Julho de 2005, tinha chegado a Macau na tarde de domingo dia 10, após ter passado trinta e três dias em terras de Sua Magestade no Reino do Sião.

Na manhã do dia 11 abri o computador e estive lendo os e-mails, depois quando pretendia ver uma filmagem que tinha feito, necessitei de instalar o programa Quick Time, mas depois de o fazer o computador, já de si sobrecarregado, deve não ter gostado e foi-se a baixo, aparecendo apenas no visor NO VIDEO IMPUT.

Fiquei de resolver o problema mais tarde, meu filho mais novo perito nestas coisas não tinha tempo livre para vir cá a casa e eu teria que o levar a uma loja para o reparar.
O dia tinha nascido radiante, já se sentia o calor e a humidade penetrava nos ossos, era ainda bem cedo, resolvemos ir tomar o pequeno num café muito famoso e muito concorrido bem perto de nossa casa, o Sai Van On Kei.

No pequeno trajecto ocorreu-me a ideia de ir passar o fim de semana na China, num local ainda por nós não visitado, transmiti essa ideia a minha esposa e ela concordou com ela.

Estávamos em tempo de férias e as agências de viagens aproveitam sempre esta altura para realizarem pequenas excursões à China a preços bem acessíveis.

Há anos tinha-mos utilizados os serviços da China Travel Service e outra agência, sabia que se localizava no Edífico do Centro Financeiro de Macau na Rua de Pequim, mas o nome da firma não nos recordava-mos, ficava lá para o Porto Exterior.
Depois de tomar-mos o pequeno almoço, apanha-mos o autocarro da carreira 28-B e saímos defronte do Hotel Holliday Inn, andando um pouco até ao Centro Financeiro.

No vasto átrio e como já vem sendo habitual havia uma enorme exposição de artigos de porcelana, desta vez dedicada a chávenas de café. Ali fiquei por momentos apreciando tão belas obras de arte, o preço esse era até bastante acessível, apenas 40 patacas, 4 euros, por um conjunto de 4 copos e respectivos pires, as chávenas eram um pouco maiores daquelas que em Portugal se servem as bicas. Comprei um conjunto que me pareceu ser o mais bonito e mais bem decorado.

Numa enorme parede estava colocado um quadro onde indicava as firmas que laboravam naquele edíficio e ali ficámos lendo os nomes, havia três agências de viagens, porém tanto eu como minha esposa não nos recordavamos o nome da agência que procurava-mos. Estava ali presente um segurança e a ele procuramos, mas este também não nos soube informar remetendo-nos para um balcão informativo que ali perto se encontrava.

A gentil moça que nos atendeu também não nos soube ilucidar e minha esposa esteve de novo, com mais atenção, lendo os nomes das firmas e se recordou que a quela que procuravam se chamava LEI SENG e situava-se no nono andar M.

Apanhámos o elevador, não havia dúvidas era esta mesmo, no interior da mesma havia várias pessoas lendo folhetos informativios sobre as viagens, as quatro empregadas presentes falavam ao telefone, pelo que nós vendo um expositor onde se encontravam diversos folhetos retirá-mos alguns e nos sentados calmamente lendo-os.

O primeiro que lemos tratava-se de uma excursão de um dia à cidade Cantão, o passeio era agradavél e o preço bem baixo, porém como já conhecia-mos os locais para onde ia resolvemos ver outros.

Um até achei interessante pelo preço, custava apenas uma pataca, 10 céntimos do euro, constava de um passeio de um dia à zona de Chi Hoi indo-se visitar uma granja onde se cultivava uma fruta chamada Dragão, mas não é pertença do Pinto da Costa, ali se podia comer quanto se deseja-se, seria também servido um almoço. O preço total era de 41 patacas incluindo os serviços do guia e do condutor, como é natural, valia a pena, e em outra ocasião a faria-mos.

Olhando eu para o expositor verifiquei que um folheto descrevia uma excursão de dois dias à cidade de Toi Shan, localidade onde os pais de minha esposa tinham nascido.

Deste longa data que gostaria de lá ir para conhecer o local, suas gentes e seu modo de vida, agora o poderia fazer. Passei o folheto a minha esposa que o leu com atenção e me ia traduzindo todo o percurso que achei óptimo.

Uma funcionária da agência, agora disponível, veio ter conosco e nos foi informando do programa por nós escolhido, dizia ela que essa viagem tinha o número suficiente de excursionista e como tal se realizaria no próximo fim de semana, dias 16 e 17. Informou-nos que as pessoas que se tinham inscritos eram um grupo de empregadas de hotel e de restauração e faziam muito barulho, era já seu conhecido e aconselhou-nos outra excursão, mas nós preferimos esta última, o preço era de 488 Hong-Kong dólares, ou sejam 48 euros, indaguei se recibam cartão cartão de crédito, disse-me que não, e como não tinha comigo a quantia de 976 Hong-Kong dólares para pagar as duas passagens, disse-lhe que iria levantar o dinheiro numa caixa de banco e voltaria mais tarde.

Como ali por perto ficavam os escritórios da China Travel Service por lá passamos afim de saber das excursões que a mesma realizava, foi tempo perdido pois naquela altura não tinha nada.

Passando por uma agência do banco da China fui utilizar a máquina ATM para levantar o respectivo valor, fiz tudo correctamente mas o dinheiro esse é que não saiu. Pedi a minha esposa para se dirigir ao interior do banco a saber a razão do porquê, o funcionário que a atendeu pediu-lhe para que eu volta-se a introduzir o cartão e verificar se tinha sido lançado o levantamento. Não o fiz com receio de a máquina me comer o cartão. Na outra esquina do edifício havia uma agência do BNU e para lá me dirigi.

Verifiquei, através da máquina, que não tinha sido feito qualquer movimento e como tal ali levantei a quantia pretendida.

Voltámos à agência e ai fizemos a inscrição tendo pago o respectivo valor e pela funcionária foi-nos entregues duas chapas, para colocar-mos ao peito para poder-mos ser indentificados pela guia, disse-nos também que teriamos que estar às 08,00 horas no parque do estacionamento, defronte da saída da alfandega em Tung Pak – China.
A cidade de Toi Shan esta inserida na província de Cantão que tem uma aérea de 179.766 km2 e uma população de 56.5 milhoões de habitantes.

Sábado dia 16 eram 05.30 horas quando nos levantámos, preparámos as coisas e tomámos o pequeno almoço, tinha-mos muito tempo à nossa frente e não era preciso pressas.
Os autocarros alguns deles só começam a funcionar às 06.30 horas.

Eram 06.40 horas quando apanhámos a carreira 9-A que nos levaria até às Portas do Cerco, chegámos lá eram quase 07.00 horas, hora essa em que abria a fronteira.

Embora aquela hora da manhã o número de pessoas que iam atravessar a fronteira era já ernorme, rapidamente passamos pelos serviços de migração e seguimos para o lado chinês.
Para meu espanto os serviços de migração da China só às 07.30 horas começam a funcionar, porém abriram as portas que davam acesso ao enorme átrio de verificação de documentos, rapidamente os enormes corredores foram ocupados e se formaram enormes bichas.

Ali ficámos ainda cerca de vinte minutos, em pé, aguardando que os agentes tivessem a amabiliadde de abrir os balcões. Não havia então uma cordenação com os serviços de Migração de Macau. Quando o fizeram gerou-se uma confusão total, pois as pessoas, devido ao seu baixo estatuto social nada respeitam e furam as bichas empurram as pessoas, é já um hábito e as autoridades chinesas fecham os olhos e não ligam a isso.

Eu e minha esposa eram uns dos primeiros da bicha onde nos encontrávamos, porém algumas senhoras, transportando caixas da bebida energética Red Bull, empurravam-me e tentaram passar-me à frente o que não permiti, tendo até a mochila que transportava ficado entalada o que me levou a chamar à atenção a essas estúpidas senhoras.

A mostragem do documento, salvo conduto da China, que sou possuidor, foi rápida, e percorrendo os poucos metros que nos separavam da saída fomos depois dar com a nossa guia que ali nos esperava, tendo-nos indicado o local onde se encontrava o autocarro que nos iria transportar, duas senhoras, pertencentes ao tal grupo, começaram a correr pelo vasto recinto em direcção ao parque, nós a as acompanhamos não a correr mas em passadas largas, lá chegados a porta do autocarro ainda estava fechada e só poucos minutos depois compareceu o motorista que a abriu.

Aquelas duas senhoras foram as primeiras a entrar e quando nós entrámos e nos ia-mos instalar num dos bancos na parte da frenre da viatura verificamos que todos os lugares tinham sido marcados, ainda reclamei, mas de nada valeu. Fomos-nos instalar na parte traseira, num dos assentos mesmo por cima da roda, porém, era o lugar mais espaçoso e ali ficámos instalados.

O autocarro era confortável, pouco a pouco se foi enchendo e barulho era quase insuportável, pois os chineses tem por hábito falar em tom bastante elevado.

Eram 08,15 horas quando dali saimos, quando a guia tentava explicar o trajecto e dar algumas indicações quase o não pode fazer devido ao imenso barulho.
Circulando por belas e largas avenidas seguimos rumo a Toi Shan, passando pouco depois sobre a extensa ponte Chi Hoi sobre o rio Sai Kong Ha Iau.
A população da China é composta por 55 etnias e a maior com 92% é a Han, etnia essa a que minha esposa pertence.

Ainda à alguns anos toda a parte do sul da China a população dedicava-se essencialmente à agricultura, hoje grande parte desses terrenos, na zona entre Tung Pak e a cidade de Cantão é constituída por imensas fábricas, porém na zona onde o autocarro ia passando nada se tinha alterado, os campos esses estavam todos cultivados e podiam-se ver os trabalhadores efectuando trabalhos agricolas.

No interior do autocarro o tal grupo divertia-se à grande e as cantingas não paravam, era um grupo alegre e reinadio e assim o percurso se foi efectuando da melhor forma, eram pessoas simples mas simpáticas e delas fiquei a gostar.

Chegámos à cidade de Tao Mun e o condutor aproveitou para comprar umas garrafas de água e distribui uma por cada passageiro. As ruas eram muitos movimentadas lojas de comércio eram imensas, porém podiam ver o lixo por ali espalhado.

A cidade de Tao Mun é uma cidade essêncialmente agricola e dedicada ao pequeno comércio, seu casario é antigo e de mau aspecto. Inter ligada está agora a cidade de Cheong On aqui podiam ver já novos arruamentos e novos prédios, o aspecto era bem diferente, para melhor, podendo-se ver um restaurante da cadeia do KFC.
Prosseguindo a rota entrámos na zona de Sam Wui, não seguimos para essa cidade isso ficaria aquando do regresso, seguimos sim pela auto-estrada que nos levaria a Toi Shan.
Parámos numa estação de serviço onde se encontravam estacionadas vários autocarros de turismo, não para se abastecerem mas sim para que os excursionista pudessem usar as casas de banho disponíveis.

Podia-se respeirar o mau cheiro que estas mesmas deitavam, mesmo antes de entrar nelas. Fui urinar e fiquei enjoado, vi até várias senhoras que após sairem da casa de banho foram vomitar para um recipiente de lixo.

A China sem dúvidas algumas está bastante desenvolvida em vários campos porém no que diz respeito à higiene está ainda muito atrasada.

Dali saindo levando nas narinas aquele péssimo cheiro que me obrigou a esfregar o nariz com um líquido composto por mentol, cânfora e eucalipto que muito me aliviou.

Pouco depois atravessava-mos uma outra ponte denominada Ian Meng, mas o nome do rio não cheguei a saber, vi apenas que tinha um imenso caudal e nele navegavam navios de grande porte.

Em todos os locais que iamos passando havia letreiros ilucidativos escritos em chinês e em inglês.

Passámos depois num túnel bastante comprido na serra de Mao. Os campos esses estavam agora plantados por bananeiras, culturas de arroz e muito de flôres de lotus que dá além da sagrada flôr também a sua raiz chamada Ling Ngau que os chineses apreciavam e usa muito na sua culinária.

Avistá-mos uma placa indicativa das estâncias termais Fu Su mas não eram para essa que nós iríamos, como tal tivemos que entrar na auto-estrada Xin Tai que nos levaria directamente para Toi Shan.

Eram 10.30 horas quando lá chegamos, tinha-mos demorado 2.15 horas para percorrer os 225 quilómetros, tivemos sorte em as auto-estradas serem boas, haver pouco tráfego e condutor ter um pouco o pé pesado.

Desembarcámos junto ao jardim cultural Sek Fa Shan, estava um calor de fazer derreter os ossos, estava um tufão por perto e isso influênciava imenso o clima.

Ali estavam colocadas lindas pedras de cor vermelha extraídas das montanhas próximas, outras de cor branca trabalhadas bem lindas, que são o orgulho de sua população. Havia também um vasto lago que tinha uma fonte cibernética mas só funcionava durante a noite como é lógico.

Por ali ficámos pouco tempo pois não havia sombras para nos proteger o calor era imenso e insuportável.

Dali seguimos para perto do mercado municipal onde desembarcámos e tivémos hora e e meia livre para percorrer o centro da cidade e fazer compras.

O mercado esse ficaria para visitar no fim, percorremos algumas artérias e fomos à rua principal que me fez lembrar a Avenida Almeida Ribeiro em Macau, antiga artéria mais importante da cidade e onde ainda estão instaladas as sedes de alguns bancos e continua a ser imensamente concorrida.

Esta via não tinha o esplandor da Avenida de Macau, mas a traça de seus prédios bem antigos, dada a entender o esplendor de outros tempos. A maioria da população de Toi Shan é conhecida por ser emigrante, e lá pelas terras onde emigravam remitiam boas somas de dinheiro para desenvolvimento da cidade.

Em Macau o governo tem bem preservadas as fachadas e os edificios em si dando-lhe um bonito aspecto, aqui porém a imagem era bem diferente e via-se o estado de abondano de muito prédios.

Eu e minha esposa, pois o restante pessoal se expalhou por outros locais, percorremos várias artérias podendo assim ver in loco todo o local, agora com imensas lojas de comércio, comprei até duas camisolas, bem giras pela quantia de 38 riemmibis, cujo valor é inferior à pataca em cerca de 3%.

Percorrido o local não nos atrevemos a atravessar a rua para o outro lado pois esta era bem movimentada, as motos apitavam por tudo e por nada e os transeuntes que se cuidassem pois eles os condutores das motos e dos automóveis não paravam para deixar os peões atravessar a rua em segurança.
Dóiam-me imenso os pés talvez derivado a ter usado naquele dia umas meias mais grossas, mas desde algum tempo a esta parte ando sofrendo de problemas nas solas dos pés e os médicos ortopedistas que consultei não conseguiram fazer um diagnóstico e como tal não fui medicado.
Andando devagar seguimos para o local onde o grupo se iria juntar que era à porta do mercado, não havia por ali qualquer lugar para me poder sentar.

À porta deste havia uma banca que vendia sementes de hortaliças e ali comprei alguns pacotes para enviar para minha irmã sememar lá na quinta em Évora, pois ela já apreciou a boa qualidade deste tipo de hortaliças. O senhor dono da banca era um sujeito já de idade, bastante simpático e falador, ao saber que me doiam os pés foi logo buscar uma cadeira para eu me sentar ficando ele depois a entabular conversa com minha esposa que lhe ia dizendo serem os seus pais oriundos de Toi Shan.

Descalcei os sapatos para ver o estado que tinha os pés e notei que tinha algumas unhas um pouco encravadas por isso me doias os pés, havendo ali defronte uma drogaria, pedi a minha esposa que lá fosse compra um corta unhas, mas não foi necessário, o gentil senhor logo retirou do bolso, como por artes mágicas, um e me veio entregar. Cortei as unhas e fiquei realmente muito melhor.

Fomos então visitar o mercado, a parte central era escura e cheirava mal, havia à venda de tudo, desde aves protegidas até tartarugas, pestisco este muito ao gosto dos chineses, tirei algumas fotos, depois regressamos à banca das sementes e ali ficámos a aguardar a vinda dos restantes elementos da excursão.

O vendedor de sementes disse-nos que todo o negócio corria mal e que a população de Toi Shan passava mal, ele que sempre tinha feito aquele tipo de negócio por ali ia andando, tinham filhos emigrados nos Estados Unidos da América que sempre o iam ajudando, a banca ao lado da sua era pertença de sua esposa a qual se dedicava à venda de artigos de papel.

O pessoal da excursão veio chegando e nós tinhamos ainda que ir a pé até ao encontro do autocarro que tinha ficado afastado ainda um quarteirão do local onde nos encontravamos.
Agradeci ao gentil senhor e dele me despedi bem como de sua esposa também pessoa gentil e muito amável.

Eram horas de almoço e o destino seguinte seria o restaurante Fu Seng que ainda ficava distante da cidade, o restaurante ficava no rés do chão do hotel com o mesmo nome.
O mesmo era amplo e bem decorado, o ambiente era agradável e a comida que nos serviram era de óptima qualidade, para a acompanhar mandei vir uma cerveja de preferência chinesa mas não havia tive então que pedir uma americana de litro de meio, como era muita bebida para mim, enchi mais dois copos e os dei a dois senhores que comigo seguiam.

Já de barriga bem cheia, uma das empregadas perguntou se desejavamos comprar bolos da lua, ali os fabricavam e tinham fama.

Havia um expositor na sala de entrada e o pessoal para lá foi, não para comprar, pois o pessoal de Macau não gosta de fazer este tipo de compras na China com receio da falta de higiene como os mesmos são preparados. Nada comprámos mas deu para ver.

Pelas 13.30 horas seguimos para o nosso último destino desse dia que era a estância termal Du Fu, levamos ainda uma hora e 35 minutos até chegarmos lá.

Feito o respectivo registo foi-nos entregue a chave do quarto que era o número 213 e ficava no segundo andar, para lá nos dirigimos tendo passado por vários corredores onde se localizavam os quartos mas os nossos não ficavam na parte do edifico do prédio em si, mas parte lateral, pensei logo que iriamos ser embarretados mas não, os quartos que nos foram distribuidos eram muito maiores e possuiam duas enormes camas de casal e nada ali faltava.

A casa de banho era bem grande não tinha banheira, tinha sim polivã igualzinho aos de nossa casa em Macau, a vista dava para a enorme piscina, era agradável o local, o mobiliário era todo ainda recente como tal em óptimo estado, e sentia-se a higiene no mesmo.

Tinha-se combinado que às 15,30 horas nos encontraríamos no hall de entrada e dali seguiríamos para as termas que ficavam no enorme jardim nas traseiras do hotel.

À hora combinada lá estávamos mas o restante pessoal tinha-se antecipado e seguido já para lá, fui só com minha esposa, mas antes tivemos que passar por vestiário, depositámos os nosso valores num cofre do hotel e só depois entrámos no vestiário onde havia um cacifo para poder-mos deixar as nossas roupas e vestir o fato de banho.

Eu despachei-me primeiro que minha esposa que tinha ido para o local das senhoras e já no jardim fiquei aguardando por ela.

O sol estava escaldante, tinha-mos levado uma sombrinha que o hotel teve a amabilidade de nós dar, levávamos também duas enormes toalhas com que minha esposa usou para cobrir o corpo.

Percorremos alguns lagos que eram as termas, neles havia indicações que tipo de medicamento possuia e sua temperatura. Atravemo-nos a entrar em dois aproveitando a sombras do arvoredo, a água defacto estava quente quando ao resto nada senti nem de cheiro nem qualquer reacção dos medicamentos.

Havia termas de todos os tipos, com flôres, frutos, medicamentos chineses e outras somente com pura água a ferver, reparei então que todas elas eram aquecidas à base de electricidade. Existiam num total de 150.

O local era aprezível havia ainda mais duas piscinas e uma queda de água, pontes feitas de banbum efeitavam os locais de passagem sobre os lagos.

Tinha-mos sido distribuido um coração em plástico que nos daria entrada para ver um espectáculo no gelo que se realizaria às 16.00 horas e para o local seguimos, fomos então informados que o mesmo se realizaria às 16.30 horas, dali seguimos para junto da piscina onde ficamos a descansar tendo eu ido até ao vestiário buscar a máquina digital que tinha deixado lá.
À hora certa para lá seguimos, formamos bicha mas quando eu entrei no recinto e recebi um choque de ar gelado não quis entrar dando meia volta e indo ficar na sala aguardando por minha esposa que é menos friorenta do que eu.

Pouco tempo depois ela ali estava dizendo que não havia nada de especial além de um trenó e de uma piscina com água gelada.

Apesar do calor ainda nos afoitamos a ir dar um passeio por todo o jardim e ver in loco todas as termas e a cascata.

Todo o local era bem aprezível e bonito de se ver não fosse o incômodo calor que se fazia sentir, mas assim abrigados pelo arvoredo percorremos todo o local.

Havia um recinto onde faziam reflexologia, isto é massagem aos pés, estive tentado a ali ficar meia hora, far-me-ia bem, mas ao ver o preço desisti, também não tinha levado dinheiro comigo e assim deixámos o local.

Já bastantes cansados de andar-mos e o suor a escorrer pelo corpo resolvemos regressar ao quarto do hotel, iríamos recolher as nossas roupas no vestiário mas não tomariamos banho ali, seria mais higiénico fazê-lo no quarto, porém ali havia todo o tipo de sabão líquido e de shampo, pentes, enfim todo o material necessário para se fazer uma boa higiéne.

Como eram ainda muito cedo para o jantar depois de tomar um duche ficamos a ver televisão tendo eu adormecido.

Às 18.30 horas decemos o fomos para o salão de banquetes onde seria servido o jantar, o local era muito espaçoso e ricamente engalanado, a comida que nos foi servida essa não era tão boa como aquela que nos tinha sido servida ao almoço, mas dava para encher o estômago.

Como o hotel ficava inserido numa aérea bem longe das aldeias e nada havendo por perto que se pudesse visitar resolvemos regressar ao quarto e ali descansar-mos. Os mosquitos esses começam a atacar pois as aéreas subdjacentes eram arrozais.

Estávamos muito bem a descansar quando bateram à porta do quarto, era a guia que nos vinha informar que a pedido do pessoal do tal grupo o intenerário do dia seguinte seria alterado, ali ficando naquela estância termal a manhâ seguinte e ali nos seria servido o almoço.

Discordei com tudo e ameacei a guia que quando regressa-se a Macau iria apresentar queixa na agência de viagens, por mais que ela nos quizesse convencer não a levou a melhor e por ali acabámos a conversa. Passei uma noite agradável dormindo óptimamente.

O morning call seria às 08.00 horas e o pequeno almoço servido às 08,30 horas mas não foi necessário chamarem-nos às 08,00 horas já nos encontrava-mos no salão aguardando pela comida.

Foi um pequeno alomoço à chinesa que não é nada do meu agrado, tinha pedido à guia para que me fritassem dois ovos estrelados e me servissem um café e ali fiquei a aguardar, enquanto o restante pessoal ia comendo canja, hortaliças e alguns partos de carne acompanhados de arroz branco.

Por fim os ovos vieram mal fritos e ainda por cima tinham sido regados com molho de soja, pão esse não havia, fiquei aborrecido e nada comi.

Fui para o átrio do hotel e ali aguardei a vinda de minha esposa, quando ela veio disse-me para ir-mos buscar a mochila pois o intenerário não seria alterado e dali a pouco seguiriamos para outro local.

Às 09,00 horas deixámos as termas e eu com nenhuma vontade de lá voltar de novo.
Seguimos para um aldealmento cujos residentes tinham sido emigrantes no sudoeste asiático e para ali tinha trazido seus costumes, ali nos seria exibido um espectáculo desmontrando isso mesmo.

O local ficava ainda a duas horas de viagem na sua maioria transitando por estradas secundárias, mas o percurso era bom e as paisageens bem diferentes daquelas que estamos acostumados a ver em Macau.

Passámos por áreas essencialmente agricolas, podendo-se ver vastos campos de plantações de cana de açucar, milho, arrozais e imensas criações de patos.

Toda aquela vasta aérea estava bem providade água e podiam-se ver imenso búfalos ou trabalhando nos arrozais ou banhando-se nas barrentas águas, muitas mulheres ali lavavam igualmente a roupa.

O condutor por desconhecer aquela zona enganou-se no percurso indo ter ao aldeamento de Man Chun, minha esposa pelos relatos que a mãe lhe contava deduziu ser este o aldeamento onde a mãe tinha nascido e vivido.

Tinha umas portas lindas ricamente trabalhadas e eram ladeadas de corredores de água, antigamente ao pôr do sol as mesmas eram fechadas e ninguém mais podiam entrar no povoado, tive pena de não ter tirado umas fotos mas estava contra o sol e não dava.

Voltando para trás e percorrendo mais campos agricolas lá fomos dar ao local onde viviam os tais emigrantes chineses.

Percorremos toda a aldeia e podemos ver árvores de fruta exótica que os emigrantes tinha trazido dos locais onde tinham emigrado, visitamos também uma casa museu.
Ali estavam reunidas treze populações todas elas com suas diferentes culturas mas com um ponto em comum a língua mãe que é o chinês.
Assistimos depois a um espetáculo de danças e canções, todas oriundas do sudoeste asiático.

Ali se passaram uns momentos agradáveis que deu até que parte do pessoal da excursão tomasse parte nas danças.

Seguimos depois para a aldeia de Hoi Yin Chan que ficava ainda a alguns quilómetros de distância, minha esposa se ia recordando daquilo que a mãe lhe transmitiu em miúda, pois falava muito nesta vila, foi então que perguntei como ela se deslocava para lá ir, ia de búfalo ou ia a pé.

Minha esposa então me respondeu que naquela altura as pessoas com mais posses faziam aquele percurso instaladas em cadeira que era levada por duas pessoas.

Almoçamos no restaurante Yin Chung que ficava instalado num primeiro andar onde ficava igualmente o hotel. A apresentação não era boa mas a comida apresentada agradou a todos.

Perto da porta do mesmo estava estacionado um tipo de veículo multi usos, já os tinha visto na Tailândia mas nunca tão perto. Este tipo de veículo o seu motor é usado na lavoura dos arrozais, findo o trabalho é acopulado a uma carrinha e serve transporte, tanto de pessoas como de mercadorias e de regresso a casa é de novo desmontado servido depois como gerador.

Prático eficiente e barato este tipo de transporte que utiliza gasóleo para seu funcionamento.
Seguimos depois para Sam Wui a viagem duraria cerca de três horas e aproveitei para dormitar um pouco assim como o pessoal, as cantigas essas ficaram para depois da sesta.
Quando despertei fui observando os campos vendo algumas aldeias ainda originais e seus cultivos, ao longe avistava sempre altaneiras serras.

Chegados à cidade Sam Wui fomos visitar uma fábrica onde se produz CHONG CHOU que é um bicho que adormece no inverno e na primavera se torna em planta. Os chineses conseguiram reproduzir em laboratório, àcerca de 13 anos e hoje é dos produtos mais apreciados pelos chineses devido às suas qualidades medicinais e terapêuticas.

Ali ouvimos de novo as explicações, pois anos antes tanto eu como minha esposa já tinhamos visitado um local idêntico. Pagámos 15 riemibis e tomados um caldo de galinha com este medicamento, depois fomos um copo de chá que nos ofereceram, tendo eu comprado uma caixa desse medicamento e ofertado a minha esposa que ainda me custou 190 riemmibis, cerca de 18 euros a embalagem que lá comprei, acreditesse ou não o efeito foi óptimo pois nessa noite dormi maravilhosamente.

Na cidade Sam Wui existe um tipo de palmeira de onde são retiradas as suas folhas com as quais produzem leques que nos outros tempos eram necessário para acalmar o calor, é um dos produtos típicos da cidade além da casca de tangerina que segundo eles dizem fervidas e tomadas como chá é óptimo para a saúde.

Comprei algumas caixas das cascas das tangerinas normais para ofertar a meus filhos quanto as do outro tipo, são como o vinho do Porto quando mais velhas melhor, mas também o preço é bem elevado.

A viagem prosseguiu desta vez com destino a Chi Hoi onde terminaria a excursão mas antes seria servido ainda um jantar.

As senhoras do tal grupo não paravam de cantar e alegria era contagiante, alguns autocarros que por nós passavam ficavam admirados com as cantigas e danças que se faziam a bordo do nosso autocarro.

O jantar não foi em Chi Hoi mas sim num restaurante de luxo sito no SouthBay International Hotel, localizado em Nam Peng onde tivemos direito pela primeira vez a bebidas alcoólicas e gasosas gratuitas.

Eram 21.00 hors quando chegamos a Tung Pak e seguimos para o edíficio dos serviços de alfândega, o extenso salão estava repleto e levámos por isso imenso tempo até que nossos dumentos fossem vistos.

Já na parte de Macau embora houvesse também imensas pessoas o expediente foi mais rápido.
Apanhámos o autocarro 9-A e seguimos para casa onde chegámos passava já das 22.00 horas.
Agradeci a Deus em me ter ajudado uma vez mais, tomei um banho e fui-me deitar, o tal Chung Chou fez efeito e dormi como um anjo.

Terminava assim, em bem, mais um passeio por terras da China.

( Hoje, volvidos que são 3 anos, o Yuan ou seja o dinheiro usado na China, está mais valorizados do que a moeda de Macau a Pataca, ou seja por cada 100 patacas trocamos apenas 83 Yuans.
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